Economia criativa ganha impulso em Parauapebas

Os Quatro grupos do movimento cultural de Parauapebas estão dando novos rumos às suas atividades. Desde que foram selecionados para participar do Programa AGIR Criativo, já foi possível transformar iniciativas em empreendimentos criativos. O Programa que está sendo desenvolvido no município pela Fundação Vale em parceria com a prefeitura de Parauapebas e o Instituto Gênesis da PUC-Rio, tem foco no desenvolvimento de capacitações e visa dar suporte à geração de renda e implementação de negócios através das produções de cultura.
Depois de participar de oficinas de capacitação de empreendedorismo e serem selecionados pela equipe técnica do Programa, o Caldeirão da Cleide, CasaLab, Espaço Kriô e Mulheres de Barro passaram a receber consultoria para o desenvolvimento de empreendimentos criativos e ainda tiveram acesso ao chamado capital semente, para investir nos negócios, com aplicação em consultorias para planejamento estratégico, desenvolvimento de produtos e serviços, inovação, administração, contabilidade, assessoria de comunicação, marketing e vendas, compra de máquinas, equipamentos e/ou insumos.
O processo de seleção considerou o grau de amadurecimento de cada grupo e hoje eles já começam a mostrar resultados positivos. A cooperativa Mulheres de Barro, formada por artesãs ceramistas, planejou a utilização do capital semente para aquisição de máquinas e mobília para compor a loja que está funcionando no Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC). O projeto destas mulheres que começou na zona rural de Parauapebas, se firma na zona urbana oferecendo, para moradores e turistas, peças de cerâmica inspiradas em descobertas arqueológicas em sítios na região. O Mulheres de Barro hoje tem 37 associados, que se dividem na gestão e execução dos trabalhos de pesquisa, produção e venda das peças.
Do outro lado da cidade, a Casa Kriô, também começa a sentir os resultados do Programa AGIR Criativo. Localizada no bairro Paraíso, a Casa oferece oficinas de arte-educação, apresentações de música, teatro, dança, cinema, entre outras ações. Hoje circulam por lá cerca de duas mil pessoas por mês. Aos sábados acontece o Festival de Comida Típica Paraense, comandado por Cleide Miranda, também beneficiada pelo AGIR, por meio do seu Caldeirão da Cleide, empreendimento de gastronomia especializado em comidas típicas regionais e produtos da culinária paraense. Moradora de Parauapebas há 20 anos, Cleide se tornou referência na cidade por servir pratos típicos da culinária paraense. Ela escolheu o bairro Betânia para instalar seu ponto comercial novo. Devidamente formalizada como microempresária, batizou seu negócio de Caldeirão da Cleide, uma alusão ao programa do apresentador Luciano Huck que a entrevistou ao passar pela cidade. O espaço hoje está equipado para atender clientes, demandas de entrega em domicilio e de bufês para festas. Cleide ainda faz questão de marcar presença nos eventos culturais da cidade, como o Festival de Comidas Típicas Paraenses, Carnaval, aniversário do município e a Festa Junina.
Foi no bairro Cidade Nova que a turma do CasaLab inaugurou seu espaço. Lá, artistas, designers e fotógrafos desenvolvem seus trabalhos num escritório compartilhado. Uma tendência já comum em outros países, chamada de coworking. Os profissionais que atuam na CasaLab desenvolvem atividades de forma individual e também coletiva. O objetivo maior é criar e movimentar uma rede de economia criativa, firmando esse grupo como principal agência de comunicação e produtora cultural da cidade.
Equipe CasaLab inova com coworking
Os sócios oferecem serviços de programação visual, edição de vídeos, projetos para a web, produção-executiva e organização de cursos e oficinas.
O Programa AGIR também está sendo realizado no Maranhão, beneficiando outros empreendimentos criativos de São Luís.

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