Parque Zoobotânico Vale comemora nascimento de Gavião-Real em Carajás

Depois de um longo período de convivência, o casal de gavião-real (harpia harpyja) que vive no Parque Zoobotânico Vale (pzv), deu cria ao seu primeiro filhote. Um presente da natureza no ano em que o PZV comemora 30 anos de funcionamento.
O nascimento é motivo de alegria não só para os pais, mas também para toda a equipe técnica do Parque que se dedicou aos processos de agrupamento, enriquecimento e adequação de um recinto especial para as aves. Segundo o veterinário André Mourão, mesmo com o ambiente adequado o nascimento de filhotes é difícil. “A reprodução de harpias em zoológicos é extremamente rara, principalmente em se tratando de animais que ficam em áreas de exposição”, explica. Outro ponto desafiador e positivo sobre esse processo de reprodução foi o fato de os pais terem chocado o ovo. “Existem criatórios especializados que costumam tirar o ovo do cuidado dos pais e completam a encubação artificialmente para aumentar a chance de sucesso da eclosão e de sobrevivência do filhote. Nós optamos por deixá-los fazer a incubação, vendo o ovo eclodir para que tenham a oportunidade de criar laços parentais, assim como acontece na natureza”, relata Mourão.
A harpia é a maior águia encontrada no Brasil, a mais potente do mundo, considerada uma espécie rara e está na lista de animais ameaçados de extinção no país. Em sua fase adulta pode ultrapassar os 2 metros de envergadura (maior distância entre as pontas das asas). O recinto construído no Parque Zoobotânico Vale para abrigar o casal considerou essas proporções. “Investimos em uma estrutura moderna que considera o tamanho e hábitos da espécie. A área tem 300m² e 10 metros de altura”, explica o biólogo Leandro Maioli. Além de grande, o recinto possui elementos que reproduzem o clima da floresta amazônica presente em todo o entorno do Parque. “Nós colocamos lá troncos robustos e vegetação rasteira natural e construímos uma fonte que garante a circulação de água que necessitam para consumo e banho”, detalha Maioli.
Visitas – A família hoje passa mais tempo no ninho criado num dos lugares mais altos do recinto e o visitante que se interessar, pode passar um tempinho por perto observando a rotina deles. Mesmo estando a 7 metros de altura, com paciência, é possível ver o filhotinho no ninho com os pais.
Ele tem plumagem branca que só deve ficar na mesma cor da dos pais quando chegar aos 4 ou 5 anos de idade. Seus primeiros voos devem acontecer entre os 141 ou 148 dias de vida. Uma cena que, com certeza, muita gente vai querer presenciar.
Conservação de espécies – O Parque desenvolve um programa voltado à reprodução, em cativeiro, de espécies do bioma amazônico que estão ameaçadas de extinção. Em 2013 a equipe comemorou o nascimento dos primeiros filhotes de ararajuba e em fevereiro deste ano chegaram mais dois filhotes. Já em 2014, foi a vez da onça pintada dar cria. Pandora e Thor, um casal de onças pintada e preta nasceram no PZV. A dupla divide hoje o recinto com os pais e seu crescimento é acompanhado por quem circula por lá.
Funcionamento – O Parque Zoobotânico Vale é aberto à visitação pública todos os dias, das 10h às 16h30. A entrada é gratuita. (Texto e foto: Ascom/Vale)

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