Polícia Civil prendeu em flagrante, neste sábado, 28, em Breves, na ilha do Marajó, Thiago Andrey de Castro, por falsidade ideológica, falsa identidade e exercício ilegal da Medicina. Usando um carimbo com registro em nome de um médico regularmente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM), ele chegou a prestar consultas e até exames periciais, como necropsia (exame em cadáver). Ele permaneceu por 21 dias atendendo no Hospital Municipal de Breves até ser descoberto. A prisão dele foi realizada pela equipe policial da Delegacia de Breves.
Segundo o delegado Carlo Olavo Meschede da Silveira, durante o tempo em que ficou no Hospital, Thiago chegou a realizar diversos exames médicos, como corpo de delito e até de necropsia – perícia feita em pessoa morta para identificar a causa da morte -, usando, para tanto, um carimbo com o número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico. A informação chegou ao conhecimento dos policiais civis no sábado, quando o delegado, que acompanhava o trabalho do suspeito no Hospital, desconfiou e iniciou as investigações.
“Durante o suspeito realizar um exame de necropsia em um adolescente morto, ele manifestou sinais de nervosismo einexperiência”, explica o policial civil. O fato chamou a atenção do delgado, que passou a investigar o suspeito. Assim, a equipe policial formada pelos investigadores Davi, Deyvid e Mayra e escrivã Claudia, prendeu o falso médico no Hospital. Com Thiago Castro, os policiais civis encontraram o carimbo com o registro do CRM, que é o registro obrigatório de permissão para exercer a profissão. Depois de consultar o registro do médico junto ao CRM, o delegado comprovou que o número de registro existia e pertencia a um médico registrado no CRM.
Em depoimento, Thiago Andrey alegou que é estudante do 11º período de Medina na Universidade do Estado do Pará (UEPA), em Belém. Ele apresentou diversos documentos da Universidade. “Vamos chegar a veracidade dessa documentação”, explica o delegado Geraldo Pimenta Neto, titular da Polícia Civil na região de Breves. Ao policial civil, o acusado alega que usou o carimbo de CRM de um amigo, que é médico, sem o conhecimento dele. Segundo ele, no tempo em que permaneceu no Hospital, chegou a atender 2 mil pessoas e chegou a atender alguns procedimentos requisitados pela Polícia Civil, como exames periciais de corpo de delito e exame de necropsia em cadáver, além de assinar documentos médicos. Thiago está preso em Breves à disposição da Justiça.