Professores anunciam greve em escolas estaduais no estado do Pará

Na tarde da última sexta-feira (1), em uma assembleia realizada na Escola Estadual Cordeiro de Farias, os professores estaduais decidiram entrar em greve a partir do dia 14 de setembro. Segundo o sindicato dos Trabalhadores em Educação Publica no Pará (Sintepp), está nas reinvindicações o não pagamento de piso salarial, violência nas escolas e demora na reforma de instituição de ensino. Mauro Borges, secretário geral da Sintepp, explica que o principal motivo da greve é a falta de cumprimento do acordo salarial feita em 2016 para os professores que seria de R$ 2.198,00 sendo que atualmente o governo está pagando R$ 1.927,00.

A justiça do Pará determinou no dia 15 de julho deste ano que o Governo do estado pagasse o retroativo desde janeiro de 2016. Entretanto o governo protocolou um recurso reivindicando a determinação judicial que na opinião do Sintepp essa é uma boa estratégia para ganhar tempo e para com que a ação judicial passe para uma esfera federal.

Mauro Borges disse que o governo está praticando um ato ilícito ao se recusar a pagar o que é deles por direito de lei.

Os professores também reivindicam o atraso e suspensão das reformas das escolas, segundo eles, estão submetendo trabalhadores e estudantes a condições de ensino degradantes, além dos erros na lotação e a violência dentro e no entorno das unidades escolares. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou, em nota, que não recebeu comunicação formal sobre estado de greve dos professores.

A nota da Seduc diz: “conforme a nota da Sead, a Procuradoria Geral do Estado informou que o Estado impetrou novo recurso na ação judicial que questiona o pagamento do piso nacional dos professores, e reforçou que, no entendimento do Estado, a remuneração dos professores da rede pública de ensino está acima do piso nacional”.

Texto: Rodrigo Melo/com informações da SINTEPP

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