Roda viva – edição 1297

Que o Marcelo Parceirinho iria assumir já estava “escrito” nas estrelas, desde que o Juiz Libio Araújo Moura impediu o Odilon Rocha de participar das sessões ordinárias, o que completariam nove ausência, e é a carência suportada pela Lei Orgânica do Município *** Ou seja, todos aguardavam somente o momento em que o número de ausência nas sessões seria alcançado, mas, Odilon Rocha resolveu tomar atitude, e de forma que ficasse menos doloroso, pediu que a Justiça liberasse sua entrada na Câmara de Vereadores de Parauapebas para entregar o cargo *** Com isso, antes da sessão do dia 04, terça-feira, o político sem partido reuniu com os demais parlamentares e parte da administração da Câmara e entregou sua renúncia, sob forte comoção *** Esperou-se que Odilon fosse até a tribuna entregar o cargo em público, porém, desta vez ele ouviu a voz da razão e no momento em que terminou a reunião, entrou em seu carro e retornou à sua residência *** Diante dessa realidade, quem pode estar tirando o paletó do guarda-roupa é o jovem Barrão, uma vez que, por mais que a defesa de Josineto Feitosa consiga sua liberdade através de Habeas Corpus, entendesse que o magistrado poderá usar as mesmas condicionantes de Odilon para Josineto *** Caso isso venha a acontecer, termina no início o que poderia ser uma carreira política promissora na vida do ex-presidente da Câmara, pois o que se ouvi é que Josineto Feitosa não volte a se candidatar nem a presidente de bairro *** Durante a sessão solene do dia 03, a maioria dos vereadores usaram a tribuna e com exceção do líder do governo, Zacarias Marques (PP), e do presidente da Casa, Ivanaldo Braz (SDD), que fizeram um discurso pacífico buscando a união dos poderes, o restante não relevou críticas ao prefeito Valmir Mariano (PSD) *** Francisco Amaral Pavão ressaltou que a cidade está regredindo a cada dia e não teria mesmo como um secretariado trabalhar, pois muda de gestor nas pastas que nem as pessoas mudam de roupa *** Zé Arenes (PT) discursou antes da chegada do prefeito, mas disse aguardar uma resposta do poder executivo em relação ao descaso com Parauapebas. O vereador reclamou ainda da falta de uma Escola Técnico Agrícola, que poderia estar realizando o sonho de muitos filhos dos produtores rurais da zona rural do município *** Ainda segundo Arenes está faltando capacidade política para o prefeito em unir com o parlamento, não vir para o diálogo, além da má aplicação do dinheiro público, inclusive na duplicação da PA-275, que segundo ele será um dos temas encampados por ele na próxima sessão, dia 11 *** O vereador Charles voltou a reclamar da falta de médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), além também da falta de remédios, no momento em que o prefeito Valmir Queiroz Mariano adentrava na Câmara, sob vaias e aplausos *** O discurso mais pesado e direcionado total e completamente ao prefeito foi o da vereadora Eliene Soares (PT), que iniciou dizendo que é uma vergonha as Auxiliares de Serviços Gerais (ASG’s) fazerem coleta para complementar a merenda escolar em algumas escolas. Que o secretariado têm que trabalhar, pois em todas as pastas existem descaso e trabalho mal feito. Que o governo de Valmir Mariano está todo envolvido em maracutaias, contratos duvidosos e que o prefeito não tem capacidade de governar a cidade, pois os parlamentares aprovaram todos os pedidos do executivo *** Até mesmo o vereador Miquinha (PT), que sempre tem um discurso mais contido, falou se sua insatisfação em relação à saúde no município, uma vez que não há ambulância funcionando que possa deslocar pacientes para outras cidades *** Zacarias chamou os pares para a unidade, pois só assim terão como encontrar a melhor forma para ajudar Parauapebas. Todavia, isso só acontece com a união de Legislativo e Executivo *** Em sua falação, Braz afirmou que estará se unindo mais a cada dia aos demais vereadores na fiscalização dos interesses da população e que almeja encontrar um denominador comum aos dois poderes para que possam dar respostas positivas à sociedade *** Por sua vez, o prefeito entrou em cena e de bate-pronto frisou que fica alegre com críticas e convidou os vereadores para participarem, com trabalho, das mudanças no município. “Não tive recesso e vamos trabalhar mais. Precisamos estar juntos, de braços dados, porque os interesses desta cidade são superiores às nossas vaidades pessoais. Temos que fazer o melhor por este município. Temos muitos problemas, mas em dois anos fizemos o que não foi realizado em 20 anos. Temos muito ainda a fazer pela educação, mas muito já está sendo feito” ***

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