Na tarde de terça-feira (20), o ex-agente do Detran, Diógenes dos Santos Samaritano, será julgado pelo assassinato de sua companheira, Dayse Dyana Sousa e Silva, que aconteceu no dia 31 de março de 2019, no Bairro Parque Carajás, em Parauapebas, sudeste do Pará.
Ela foi agredida e depois, já desacordada, foi jogada da janela do segundo piso da residência e morreu no local. Inicialmente, Diógenes e sua defesa chegaram a declarar que a vítima se atirou pela janela, mas as evidências encontradas pela perícia apontaram para feminicídio. Além disso, o histórico de violência de Diógenes também pesou na análise.
No dia do assassinato, de acordo com Wilma Lemos, mãe de Dayse, a vítima foi agredida por Diógenes em uma loja do shopping e, horas depois, as agressões se intensificaram até que ela foi espancada, assassinada e atirada pela janela. O filho do casal presenciou tudo e ainda hoje faz acompanhamento psicológico.
O acusado já tinha sido condenado uma vez por agredir fisicamente Dayse em outros momentos. A mulher chegou a pedir a separação devido ao comportamento agressivo do companheiro, mas desistiu por conta de chantagem emocional envolvendo o filho do casal, que na época tinha quatro anos. Wilma Lemos declarou, em entrevistas a diversos veículos de comunicação, que a filha tentou por várias vezes se separar e sair do ciclo de abusos psicológicos e agressões físicas que vivia, mas se sentia obrigada a manter o casamento pelo filho.
O júri popular está marcado para iniciar às 8h, no Fórum Criminal, no Bairro Cidade Velha, e será presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, da 4ª Vara do Tribunal de Júri de Belém, e será transmitido pela internet através do site TJPA. O julgamento foi transferido para Belém porque a defesa de Diógenes alegou que, em Parauapebas, o júri não seria isento, pois o caso gerou ampla repercussão na cidade. Também alegou que o município não tem segurança suficiente para garantir a integridade física de Diógenes.
Com informações: Parazão Tem de Tudo