ANS autoriza reajuste máximo de 15,5% em planos de saúde

O percentual é o teto válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023 nos contratos de cerca de 8 milhões de beneficiários

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou reajuste de até 15,5% para planos de saúde individuais e familiares regulamentados. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (26/5).

O percentual é o teto válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023. A medida abrange contratos de, aproximadamente, 8 milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.

O reajuste é o maior da série histórica iniciada em 2000, quando entrou em vigor o modelo atual de reajuste. Até então, o percentual mais elevado havia sido de 13,57% em 2016.

Ao todo, há 49,1 milhões de beneficiários com planos de assistência médica no país, de acordo com dados divulgados pela ANS, referentes a março de 2022. O Ministério da Economia analisou o índice de 2022 e o aprovou em reunião da diretoria colegiada.

“A decisão será publicada no Diário Oficial da União, e o reajuste poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano”, informa a agência reguladora, em nota.

A autarquia atribui o reajuste à “retomada gradativa da utilização dos planos de saúde pelos beneficiários”. “As despesas assistenciais apresentaram crescimento, influenciadas principalmente pela variação no preço dos serviços e insumos de saúde”, ressaltou a ANS.

Em 2021, redução inédita

Em 2021, a agência reguladora anunciou percentual de reajuste negativo de -8,19%, o que resultou na redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022.

“O percentual negativo refletiu a queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 2019, pelo setor de planos de saúde”, detalha comunicado da ANS.

Metrópoles
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