Lois, 30 anos, grávida de seis meses, estava internada há vários dias no Hospital Municipal de Marabá devido a sangramentos, mas segundo a família e amigos, a causa demorou para ser diagnosticada. Devido à piora de seu estado de saúde, na terça-feira, 7, os médicos fizeram o parto cesariana e o bebê foi levado para a UTI Neonatal do Hospital Regional Público do Sudeste, mas morreu horas na casa de saúde estadual nesta última quarta-feira, 8.
A mãe e seu bebê morreram horas depois de um parto prematuro ocorrido no Hospital Municipal de Marabá, nesta quarta-feira, dia 8 de janeiro.
De acordo com familiares, a moça – que estava grávida de seis meses – deu entrada na Casa de Saúde, ficou internada alguns dias sem informações concretas do que de fato estava acontecendo devido à piora em seu estado clínico. A família lutava para conseguir a transferência dela para Belém, mas sem sucesso.
Uma amiga da família de Lois disse que os médicos descobriram pouco antes da cesariana que ela estava com calazar, ou leishmaniose, que é uma doença parasitária causada por protozoários e pode ser transmitida de animais para humanos ou vice-versa. Se não tratada, ela pode ser fatal em mais de 95% dos casos.
“Não sei o que está acontecendo com esses médicos. Estavam falando que era a placenta que descolou, que a causa da infecção era essa. Já nos últimos dias que vieram identificar a doença e já tinha tomado de conta de tudo. Pra mim, foi negligência. Uma mulher jovem, única filha da mãe dela. Estamos tristes demais”, disse a amiga residente na Nova Marabá e que pediu reserva de seu nome.