A obra com 152 metros quadrados traz o retrato de Bruno e Dom ao lado de imagens de indígenas e das icônicas araras amazônicas. Em meio a todas as cores, Bruno e Dom aparecem em preto e branco – maneira pela qual o artista enfatiza que eles permanecem ao lado dos indígenas, ainda que de forma diferente.
“A luta pela preservação da natureza é uma luta pela vida do planeta. A alma da Amazônia está em todos nós”, ressalta o artista.
Por trás, And incluiu um elemento típico da cultura paraense: uma fita, elemento alegórico amplamente usado em manifestações religiosas típicas da Amazônia, como a festa do Divino e o bumba-meu-boi.
“Agora que os espíritos do Bruno e do Dom estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior”, comentou a antropóloga Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira.
Até o momento, três acusados pelas mortes do indigenista e do jornalista estão presos. O crime ocorreu no início de junho. Pereira e Phillips foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados durante uma expedição no Vale do Javari, palco de conflitos que têm se alastrado pela floresta: tráfico de drogas, contrabandos, roubo de madeira, de terra pública e avanço do garimpo.