Comunidades das áreas afetadas pelo Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), assim como representantes de entidades e órgãos ligados às questões ambientais participaram da Audiência Pública realizada nesta sexta-feira (19).
“O nosso objetivo foi apresentar os impactos ambientais e sociais do Prosap e discutir com a população os planos propostos para minimizar esses impactos”, informou Alessandra Rosa, analista ambiental do Prosap. O evento foi realizado no auditório do Ceup e contou com grande participação do público.
“As questões ambientais do Prosap são muito inerentes às soluções que serão dadas. A obra em si vai desencadear transtornos, mas o programa vai gerar muitos impactos positivos, como por exemplo, o aumento das áreas verdes, a melhoria da qualidade das águas, promovendo assim mais qualidade de vida para a população, mais saúde pública, mais saneamento, além de novas áreas de lazer”, destacou Marcelo da Costa, consultor independente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entidade que deve financiar o Prosap.
Sobre a audiência pública, Marcelo detalhou que “apresentamos de forma bem geral os Estudos de Impacto Ambiental, elaborados para a avaliação do programa, e o Plano de Gestão Ambiental e Social. Estes documentos contemplam não só uma avaliação, mas também a proposição das medidas para garantir a sustentabilidade e o cumprimento de políticas do banco, que são obrigatórias em todo empréstimo”.
“Atingimos nosso objetivo, tivemos a participação de várias entidades e também da população que será afetada. Todos apresentaram seus questionamentos, dúvidas e sugestões. Iremos agregar ao nosso planejamento o que for interessante para que o nosso projeto cumpra a finalidade dele, que é proporcionar essa melhoria social e ambiental do nosso município”, afirmou Alessandra.
Opiniões sobre o Prosap
Para Marcel Régis, coordenador de uso público do ICMbio, em Parauapebas, “esse projeto é de extrema relevância para o município, pois vem para implementar um sistema extremamente necessário de tratamento e destinação de esgoto, além de recuperar várias áreas de preservação permanente que hoje estão ocupadas de forma desordenada. As várias etapas do projeto prevêem, de forma somada, trazer uma melhoria de qualidade de vida para população, além de uma grande melhoria da qualidade ambiental do município”.
Claudilene Lisboa é ex-moradora da área conhecida como Palafitas, que será abrangida pelo Prosap. Ela participou da audiência e destacou que o programa vai beneficiar a comunidade com moradia digna, já que vai disponibilizar unidades habitacionais para famílias em situação de vulnerabilidade social da área de abrangência, “o pessoal do Prosap tirou a gente das Palafitas e nos colocou em aluguel social, enquanto construirão nossas casas. Será um sonho realizado ter uma moradia digna!”
Já o autônomo David Chaves, que reside no Rio Verde, afirmou que “caso esse projeto saia do papel e se concretize tudo o que está anunciado, as pessoas vão conhecer duas Parauapebas: uma antes do Prosap e outra depois”.
Texto: Karine Gomes
Fotos: José Piedade
Assessoria de Comunicação – Ascom/PMP