Deputados paraenses se calam sobre caso dos 19 respiradores escondidos no Abelardo Santos

Uma vistoria realizada no Hospital Regional Abelardo Santos descobriu que 19 respiradores novos escondidos sem utilização 

Uma vistoria realizada no último dia 22 de março, no Hospital Regional Abelardo Santos, no Distrito de Icoaraci, em Belém, descobriu que 19 respiradores novos estavam escondidos em uma sala da unidade. Apesar do caso ter ganhado repercussão nacional, a grande maioria dos deputados estaduais do Pará, que são responsáveis por fiscalizar o Executivo, estão calados sobre a denúncia.

A descoberta dos equipamentos inutilizados veio à tona durante o processo de troca de gestão da Organização Social de Saúde (OSS) Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, que administrava o hospital e deixou o controle da unidade hospitalar no último dia 10 de março, para o Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia que passou a administrar o hospital e localizou os respiradores escondidos.

Dos 41 parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), apenas um se manifestou sobre o escândalo. O deputado Delegado Caveira falou do assunto nas redes sociais pedindo o afastamento do governador do Estado, Helder Barbalho (MDB). “Cadê os deputados estaduais que são os protetores do Estado??? Eu já protocolei e assino qualquer pedido pra afastar Helder Barbalho! Quando será que a JUSTIÇA chegará no Pará?”, disse.

O caso já está nas mãos do Ministério Público do Pará (MPPA). O Corregedor-Geral do MP do Estado do Pará, Procurador de Justiça Manoel Santino Nascimento Jr, solicitou à Promotoria de justiça da Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa de Belém, no prazo de dez dias, informações quanto às providências adotadas a fim de apurar a denúncia publicada na coluna do jornalista Olavo Dutra, que repercutiu nacionalmente, e traz relatos da descoberta de 19 respiradores pulmonares novos escondidos atrás de uma parede falsa dentro da unidade hospitalar.

Na última quarta-feira, 14, o Promotor de Justiça Rodier Barata Ataíde solicitou a Secretaria de Estado da Saúde do Pará que preste esclarecimentos sobre os fatos noticiados, no prazo dez dias úteis, para mostrar quais atitudes foram tomadas e se houve a abertura de procedimento no âmbito administrativo para apurar responsabilidades, se órgãos de Segurança Pública foram comunicados sobre a ocorrência, ou se outras providências em relação aos fatos e ao uso dos equipamentos.

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