Na quarta-feira, 19 de setembro, o dólar comercial fechou em R$ 5,424, registrando uma queda de R$ 0,038, ou -0,7%. A moeda norte-americana operou em baixa ao longo de todo o dia e chegou a atingir o menor valor em um mês, fechando próximo de R$ 5,40 por volta das 13h.
Esse movimento ocorreu no dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic de 10,5% para 10,75% ao ano, marcando a primeira alta em dois anos. Em contrapartida, o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos surpreendeu o mercado ao cortar os juros pela primeira vez desde 2020, reduzindo a taxa em 0,5 ponto percentual. Esse contraste nas políticas monetárias impactou diretamente os fluxos de capitais entre os países, favorecendo a queda do dólar em relação ao real.
Enquanto o dólar se desvalorizava, a bolsa de valores brasileira enfrentou sua terceira queda consecutiva. O índice Ibovespa fechou em 133.123 pontos, uma diminuição de 0,47%. Apesar da alta nas ações de petroleiras e mineradoras, as empresas ligadas ao consumo sofreram perdas, impulsionadas pela expectativa de que o Banco Central adotará uma postura ainda mais agressiva em relação aos juros nas próximas reuniões. Este cenário levou muitos investidores a reconsiderarem suas estratégias, preferindo a segurança da renda fixa em vez de ações, que se tornaram menos atrativas com o aumento da taxa Selic.
O dólar acumula uma queda de 3,7% em setembro, embora tenha subido 11,76% ao longo de 2024. A atual diferença entre os juros brasileiros e norte-americanos tem motivado movimentos de retirada de capital dos EUA, em busca de rendimentos mais altos no Brasil.
O panorama econômico continua a ser moldado por essas decisões de política monetária, e o mercado aguarda com expectativa os próximos passos do Copom e do Fed.
FOTO POR: Agência Brasil
INFORMAÇÕES POR: Roma News