Imagens de câmeras de segurança e depoimento de testemunhas são peças importantes de um quebra-cabeças que a Polícia Civil tenta montar para desvendar um assassinato ocorrido em Marabá no final de semana. Trata-se do homicídio do eletricista Murilo, de apenas 21 anos. Ele foi morto com um tiro por volta das na Folha 5. O crime foi registrado em frente a uma badalada casa noturna em área boêmia da Nova Marabá. Há décadas, a região é palco de assassinatos, em um raio de 300 metros onde a morte aconteceu.
Conforme o delegado Leandro Pontes, do Departamento de Homicídios, a vítima não tinha passagens pela polícia e, no sábado (3), trabalhou o dia inteiro; depois saiu à noite para se divertir. Numa avaliação inicial, o crime pode ter sido motivado por uma discussão “desarrazoada, por causa de bebida”. Pelo que se vê em uma das filmagens que este CORREIO teve acesso, eram exatamente 3h03, quando uma picape para na faixa de pedestres em frente à casa noturna; duas moças se aproximam do veículo e conversam aparentemente com a pessoa que está no interior do veículo. Logo em seguida, Murilo Venícius se aproxima, encosta na lateral da picape e inclina o corpo na direção do para-brisa lateral direito. Nesse momento um tiro é disparado. As duas moças, mais uma que se aproximou depois, correm apavoradas.
O local está repleto de pessoas e há, inclusive, motociclistas tentando passar. O alvoroço é total. Muita gente corre para dentro da casa noturna, enquanto outros apenas se afastam um pouco. O condutor da picape Montana, de cor branca, arranca em direção às Folhas 10 e/ou 7; e Marcos Venícius fica caído no chão. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada e socorreu o rapaz, levando-o ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas ele não resistiu ao ferimento e morreu.
As imagens captadas por câmeras de videomonitoramento de três casas noturnas/bares já estão em poder dos investigadores do Departamento de Homicídios. Por meio das imagens, a polícia tentará descobrir qual a placa do veículo, para chegar ao nome do proprietário, seguindo uma trilha que possivelmente deve levar à pessoa que estava na picape naquela madrugada em que mais uma vida foi ceifada em Marabá.