Um dinamarquês está sendo julgado em Londres, no Reino Unido, por ser mentor de um empreendimento “lucrativo” de “modificações corporais extremas”. De acordo com as investigações, Marius Gustavson, de 46 anos, era responsável por realizar amputações, inclusive no próprio corpo, e exibir imagens em seu site privado. Em quatro anos, seu canal acumulou 22 mil inscritos.
Ao todo, ele arrecadou 300 mil libras (R$ 1,9 milhão) com os vídeos. A promotora Caroline Carberry disse, nesta quinta-feira (2), durante o julgamento, que Marius Gustavson e outros “indivíduos com ideias semelhantes” realizaram diversas mutilações, “cuja escala não tem precedentes”.
Autodenominado “Criador de Eunucos”, o dinamarquês teria removido o próprio pênis, uma parte de um mamilo e a sua perna. Conforme a promotora, Gustavson recrutava pessoas a participar de seus vídeos. “Há evidências de que foi prometida às vítimas uma quantia em dinheiro proveniente da receita do vídeo.
Gustavson recrutou indivíduos com ideias semelhantes para ajudá-lo em seu empreendimento de grande escala, perigoso e perturbador”, declarou. Caroline Carbbery ainda disse que, entre 2018 e 2022, o dinamarquês publicou ao menos 30 mutilações em seu canal. “Ele era um manipulador de vítimas, que eram vulneráveis. É impossível saber quantos procedimentos ocorreram nos anos em que o site Criador de Eunuco esteve ativo.
Gustavson esteve envolvido em um mínimo de 30 procedimentos”, continuou. Atualmente, Gustavson está preso aguardando sua sentença. No Tribunal, ele admitiu ter cometido uma série de crimes, como conspiração para cometer lesões corporais graves, provocar lesões corporais graves com dolo, posse de bens criminosos e produção e distribuição de dois vídeos indecentes, incluindo de uma criança.
Além do dinamarquês, outras seis pessoas estão presas por ligação com o site “Criador de Eunuco”, sendo elas: o britânico Peter Wates (67), o romeno Ion Ciucur (30), o alemão Stefan Scharf (61), além dos galeses David Carruthers (61), Ashley Williams (32) e Janus Atkin (39). A audiência de sentença será concluída nesta sexta-feira (3). A promotora ainda afirmou que os policiais encontraram o pênis de Gustavson “em uma gaveta de sua casa, quatro anos depois de ter sido amputado”. Outras partes do corpo, incluindo testículos, foram mantidas em seu freezer.