Após repercussão negativa, Mariana Gasques pediu desculpas “a quem, por ventura, ficou ofendido”. Segundo ela, gravação foi feita para um grupo privado de amigas.
Os digital influencers – ou em portugês “influenciadores digitais” – são uma febre na Internet. Do Instagram ao Youtube, passando pelo Tik Tok, são formadores de opinião, que movimentam e influenciam uma grande quantidade de pessoas através de sites, blogs e redes sociais. Nesse meio, aqueles que se destacam por seu conteúdo se tornam os influenciadores, que acabam se tornando pontos de referências no que comprar, como, onde, etc.
No entanto, essas pessoas precisam tomar um cuidado redobrado com aquilo que publicam no mundo virtual. O menor deslize pode custar contratos publicitários, oportunidades profissionais e até uma carreira promissora. É justamente essa situação que uma modelo mineira está vivendo no momento.
Natural de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, Mariana Gasques é alvo de críticas por conduta considerada racista, xenófoba e gordofóbica em vídeos gravados por ela e expostos nas redes sociais. Em uma das falas, que teria sido gravada durante uma viagem de ônibus na cidade de Esmirna, na Turquia, ela reclama por ter que dividir o transporte com “baianas gordas assalariadas”.
Devido à repercussão negativa do episódio, , no útimo sábado (11), uma marca de roupas emitiu um comunicado informando que não contará mais com os serviços da moça. Com isso, o contrato de publicidade entre as partes foi anulado.
No vídeo que foi denunciado pelo ativista Antonio Isuperio, no perfil dele no Instagram, Mariana Gasques pode ser vista comentando que teria bebido de mais na noite anterior e acabou perdendo um voo de Esmirna para Istambul. Por esse motivo teria que fazer o trajeto de mais 10 horas de ônibus ao lado de “baianas assalariadas gordas” e “macacos”.
“Gente, isso que dá sair para beber e não ter limite. Fui parar no caticreu, perdi o voo de Izmir (Esmirna) para Istambul. Tô aqui, de busão, aguentando essas baianas assalariadas gordas. (…) Gente, para quem não andava de busão, vou ter que ficar aqui quase 10 horas. Se eu for presa é porque matei um aqui na Turquia”, comenta..
Em outro momento do vídeo, a moça volta a dizer que se for detida, será porque ela “matou algum animal do ônibus: as baleias ou os macacos”.
Desculpas
Ciente da péssima repercussão do caso, Mariana Gasques usou a mesma rede social para publicar um texto pedindo desculpas “a quem, por ventura, se sentiu ofendido”. Ela explicou que os vídeos deveriam ter sido enviados para grupo privado de seis amigas, mas que acabou sendo postado sem querer em seu perfil público.
A jovem ainda tentou justificar seus comentários por ter ficado exaltada após ter sido deixada só zinha por um guia. “Me exaltei e fui gravar para esse pequeno grupo, mas acabou indo, sem querer, para a minha página”, escreveu.
Mariana ainda disse que estava “muito abalada” e que se deixou “levar pela raiva, pois todos quando têm raiva falam coisas para ofender, mas meu problema era com os turcos”. Ela também declarou que jamais foi preconceituosa e que, os comentários, eram direcionados aos turcos e não às mulheres baianas. “Venho me desculpar se, mesmo eu tendo falado das pessoas lá da Turquia, alguém aqui se ofendeu. Desculpas de coração”, encerrou.
Contrato perdido
Em nota oficial publicada nas redes sociais, a grife de roupas Morena Rosa declarou que, após ter tido acesso ao vídeo da “influenciadora”, repudia os comentários “racistas, gordofóbicos e xenófobos”. “Desconhecíamos esse tipo de comportamento dela. A partir desse evento, não permitimos a contratação dos serviços dela por qualquer parceiro que se relacione com a Morena Rosa”, comunicou a marca.
Veja o vídeo:
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