Comunidade amanheceu com policiamento reforçado nesta sexta-feira (7), um dia após a operação mais letal da história do RJ. Porta-voz de Direitos Humanos da ONU afirma que há histórico de uso desproporcional da força
O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) cobrou, nessa sexta-feira (7), uma investigação independente sobre a operação policial no jacarezinho que deixou 245 mortos, incluindo um policial.
O porta-voz dos Direitos Humanos da ONU, Rubert Colville, disse em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, que há um histórico de uso desproporcional e desnecessário da força pela polícia.
“Pedimos que o promotor conduza uma investigação independente e completa do caso de acordo com os padrões internacionais”, disse Colville
“A força só deve ser usada como último recurso e a polícia não tomou medidas para preservar as evidências na cena do crime”, disse ele.
25 mortos
Um dos mortos foi o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate à Drogas (Dcod). A Polícia Civil diz que os outros 24 assassinados eram criminosos, mas não revelou as identidades ou as circunstâncias em que foram mortos.
Moradores da comunidade denunciam que suspeitos foram executados. O Ministério Público recebeu, em sua ouvidoria, denúncias de abusos policiais, que estão sendo investigado.
g1.globo.com