Livro sobre a biodiversidade e a história natural da Serra de Carajás é lançado no ITV e Museu Goeldi

Foi lançado na terça-feira, 12, na sede do ITV, em Belém e na quinta-feira, 14, no auditório do Centro de Visitantes do Parque Zoobotânico Vale (PZV), na Serra dos Carajás o livro “Paisagens e Plantas de Carajás”. A obra reuni um rico e sistematizado estudo sobre este importante bioma amazônico, pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV) e do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) dedicam grande parte de suas pesquisas, seja em campo ou em laboratórios.

A Floresta Nacional Carajás (Flona), no sudeste paraense, abriga uma das maiores províncias minerais do mundo, com ecossistemas vegetais peculiares conhecidos como cangas ou campos ferruginosos. O livro traz em seu conteúdo a evolução da Serra dos Carajás e de suas plantas, com ênfase na Floresta Nacional de Carajás. Dividido em capítulos, com tradução para o Inglês, a obra mostra a formação geológica do relevo de Carajás, a formação das paisagens atuais e se dedica às plantas que lá ocorrem, passando pelas interações com os animais que ali vivem, especialmente os que polinizam as flores e os que dispersam as sementes, além de situar a importância ecológica das cavernas preservadas que existem na região.

Organizado pela pesquisadora botânica Daniela Zappi, do ITV, com textos escritos por ela, juntamente com os pesquisadores Pedro Walfir Martins Sousa, Clovis Maurity, Ana Maria Giulietti, Vera Fonseca, Guilherme Oliveira, Rodolfo Jaffe (que integram o Programa de Botânica do ITV), Pedro Viana e Nara Mota, ambos do MPEG.
O Livro embora traga o rigor da pesquisa cientifica, o assunto é abordado de forma mais leve. A edição do “Paisagens e Plantas de Carajás” terá 3.000 exemplares já disponíveis para download no site do ITV, no endereço eletrônico www.itv.org.

A Floresta Nacional de Carajás integra o Conjunto de Unidades de Conservação de Carajás protegidas pelo Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Vale, que desenvolve pesquisas, programas de monitoramento e um programa de recuperação de áreas. Em julho de 2017 parte da área da Flona, correspondente à Serra do Tarzan e à Serra da Bocaína, foram associadas para formar o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, onde as plantas dessas duas áreas terão proteção permanente.

O Museu Paraense Emílio Goeldi é a instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia, fundada em 6 de outubro de 1866. Atualmente, é um instituto de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A instituição é pioneira nesses estudos na Amazônia e tem atuação constante em estudos científicos na região de Carajás, não apenas na área de Botânica, mas também em Zoologia, Arqueologia e outras especialidades.

Há oito anos, a Vale criou o Instituto Tecnológico Vale (ITV), com o objetivo de buscar soluções inovadoras de médio e longo prazo, que auxiliem o desempenho operacional da empresa e gerem mudanças fundamentais nas estruturas de negócios com respeito ao meio ambiente e às comunidades. O ITV mantém duas unidades: uma em Belém (PA), especializada em questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável; e outra em Ouro Preto (MG), voltada a temas ligados à mineração.

Samara Guimarães com informações da Ascom Vale

VEJA ISSO TAMBÉM