Marabá: Mãe afirma que criança teria sido abusada na escola

O caso de um suposto abuso sexual praticado contra uma menina de cinco anos vem repercutindo entre a população de Marabá. Essa semana, a mãe da criança manifestou a suspeita de que o episódio de violência teria ocorrido dentro da escola em que a menina estuda. “Ela não conta em detalhes, mas diz que foi trancada dentro do banheiro. Não diz quem ou como isso aconteceu, ela logo diz que não quer falar no assunto”, relata a mãe.

O caso foi denunciado, mas somente nessa semana veio à tona. De acordo com informações da mãe da menina, ela foi chamada até a escola sob a justificativa de que a criança teria caído no banheiro e se machucado no vaso sanitário. Na ocasião, ela apenas buscou a filha e levou para atendimento no Hospital Municipal de Marabá, onde a mãe teria sido comunicada que a menina tinha um sangramento na região genital.

“Eu cheguei do trabalho em casa, dei almoço para minha filha e dei banho para ela ir à escola. Não vi nada de anormal, então isso só pode ter acontecido na escola”, afirma. “Ninguém sabe me dizer como isso aconteceu, ninguém me dá uma explicação. A diretora sequer me recebeu para conversar”, disse a mãe em conversa com a reportagem de O Liberal.

Procurado, o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, não comentou o caso e se limitou a informar que a criança já havia sido levada à Polícia Científica, que colheu material e provas para o exame sexológico. A previsão é de que o laudo da instituição seja emitido em até 30 dias e ajude a indicar se, de fato, o fato ocorreu nas dependências da escola.

O caso repercutiu também entre os vereadores de Marabá, mas por outro aspecto: as fake news. Durante a sessão realizada nesta quarta-feira (8), os parlamentares chamaram atenção para as notícias falsas e acusações infundadas que têm sido divulgadas, principalmente, por meio das redes sociais. “Há fotos de pessoas sendo difundidas como suspeitas e o inquérito sequer foi concluído, ainda não existem suspeitos. Isso é muito grave, porque pode originar um linchamento”, alertou o vereador Coronel Araújo. “A equipe da escola também está sendo vítima desses julgamentos precipitados. As professoras, a diretora, já registraram boletim de ocorrência sobre as ameaças que estão recebendo. Isso não pode acontecer”, disse Vanda Américo.

A Polícia Civil informou que perícias foram solicitadas e a vítima passou por escuta especializada. O caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA/Marabá). Já a Prefeitura de Marabá, a quem cabe a gestão tanto da escola quanto do Hospital Municipal, informou que apoia e colabora com as investigações sobre o caso com todas as informações e dados solicitados e só poderá se manifestar oficialmente após os relatórios da perícia e da polícia.

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