A versão apresentada por Lourival, para “justificar” o assassinato cometido contra Amarildo, de 37 anos, não convenceu a Polícia Civil de Marabá. O homicídio ocorreu em plena feirinha da Folha 28, região central da Nova Marabá.
O autor alegou que familiares seus estariam sendo ameaçados por Amarildo, a vítima. Mas as imagens feitas pela câmera de segurança que flagrou o assassinato integralmente podem lançar a versão por terra.
“Na verdade, da análise do vídeo não transparece isso, porque ele (autor do crime) conversa aparentemente cordialmente com a vítima, abraça a vítima numa situação de trazer tranquilidade, confiança ou até mesmo superioridade. Então, ele não se comportou como uma pessoa que estava sendo ameaçada”, relata o delegado Vinícius.
Outro aspecto importante é que o autor estava usando um veículo plotado com a logomarca da empresa em que ele trabalha quando cometeu o assassinato. Mais: fez tudo isso à luz do dia, na presença de várias pessoas, sem encobrir o próprio rosto. “Isso denota que talvez ele não tenha premeditado esse crime”, observa o delegado, ao afirmar: “A Polícia trabalha com o objetivo de elucidar a real motivação desse crime”.
Lourival foi preso pouco tempo depois do assassinato, escondido em um hotel. Já a arma usada no crime foi encontrada em uma casa na Quadra 39 da Folha 6 (Nova Marabá). Trata-se de um revólver marca Taurus calibre 38.
As câmeras de segurança mostram o momento em que o autor do crime e a vítima estão caminhando em uma rua que fica ao lado da Igreja Católica Sagrado Coração, na Feirinha da Folha 28. A área é bastante movimentada, mas o local para onde Lourival levou Amarildo é um pouco menos movimentado.
Ali, ele deu um único tiro e saiu caminhando a passos largos em direção à picape da empresa.
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