Marabá: Professora é presa por suspeita de venda ilegal de cargos públicos

Uma professora de 37 anos, foi presa em Marabá, sob suspeita de estelionato. Ela é acusada de aplicar o golpe da venda de cargos públicos estaduais e municipais. Mediante o pagamento de valores que variavam de R$ 2 a R$ 3 mil, ela prometia às vítimas lotação em escolas, nos cargos de secretária escolar, merendeira e agente de portaria. Ela era professora contratada de Filosofia, lotada em Brejo Grande do Araguaia.

Após ser detida, a suspeita prestou depoimento e foi liberada, como informou o delegado Vinícius Cardoso. A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar a ocorrência de crimes de estelionato e falsificação de documento público. Algumas vítimas já foram identificadas, mas, suspeita-se que a mulher tenha aplicado o golpe em dezenas de pessoas. “Os fatos apurados já se consumaram em dias anteriores, ela não foi flagrada cometendo nenhum crime. Foi ouvida em uma situação extraflagrancial e, por isso, foi liberada”, destaca o delegado.

A suspeita cobrava de dois a três mil reais para, supostamente, conseguir contratos de trabalho para pessoas interessadas junto à Secretaria de Educação do Estado (Seduc). Seis vítimas já foram identificadas, no entanto, há informações de que esse número é bem maior. “Com o caso vindo à tona, outras vítimas, com certeza, aparecerão, porque há indicativos nesse sentido”, afirma o delegado. A suspeita foi ouvida na 21ª Seccional de Polícia Civil.

A investigação está em fase inicial, mas deve prosseguir. “A PC começou a investigar o caso após ter sido noticiada pela Diretoria Regional de Ensino da Seduc [Secretaria Estadual de Educação] de Marabá, quando as vítimas se apresentaram nos supostos locais de trabalho nas escolas, com um memorando supostamente assinado pelo diretor regional de ensino. Os diretores locais suspeitaram e entraram em contato com o diretor regional, que não reconheceu a sua assinatura e declarou que o documento não era autêntico”, completa.

“Testemunhas ainda serão ouvidas no decorrer das investigações, que tem um prazo de 30 dias para ser concluída. Outras pessoas ainda devem ser ouvidas. Diligências também ainda serão feitas. E, além da suspeita, a polícia trabalha para identificar outras pessoas possivelmente envolvidas nesse caso”, esclarece o delegado.

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