A vítima, uma médica residente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, foi sequestrada ao sair de uma festa em um bar e restaurante localizado no bairro da Cidade Velha, em Belém.
A médica, de 28 anos, que terá a identidade preservada, estava no bar na companhia do namorado. Após uma discussão entre os dois, o rapaz deixou o local sozinho em um carro de transporte por aplicativo enquanto a parceira decidiu ir embora em seu veículo, o qual estava estacionado na rua às proximidades do estabelecimento.
No momento em que a médica se deslocava para seu carro, um homem a abordou e se identificou como sendo um policial. O suspeito afirmou que não deixaria a mulher entrar no veículo, pois ela estaria supostamente embriagada, então a conduziu para outro automóvel e assim iniciou o sequestro.
A médica foi levada da Cidade Velha para o bairro do Paar, em Ananindeua, na Grande Belém, onde foi mantida em cativeiro por quase 24 horas. Durante este período, ela permaneceu com as mãos amarradas e os olhos vendados.
Os criminosos entraram em contato com os familiares da médica e exigiram a quantia de R$ 200 mil para libertar a vítima. A Polícia Civil do Pará foi acionada e conseguiu, por meio do Setor de Inteligência, localizar o paradeiro dos criminosos e da mulher no fim da tarde de domingo (23).
Quando as equipes da Polícia Civil chegaram à residência onde a médica era mantida em cativeiro, perceberam a presença de um homem armado no imóvel. Antes de qualquer reação do suspeito que pudesse colocar em risco a vida da vítima, os agentes efetuaram disparos contra o mesmo, que foi atingido e não resistiu aos ferimentos. Os demais integrantes do grupo criminoso tentaram fugir, mas foram presos e autuados em flagrante por extorsão mediante sequestro.
Ao todo, seis pessoas teriam participado no sequestro da médica, sendo quatro homens e duas mulheres. O suspeito morto na ação policial seria uma pessoa com deficiência (PCD). Segundo a Polícia Civil, o sequestro teria sido coordenado por um criminoso custodiado em um complexo prisional no Estado do Rio de Janeiro.
Após ser liberta do cativeiro em que era mantida sob cárcere privado, a médica foi encaminhada para a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), que contou com a ação da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA) para realizar o resgate da vítima.
Nas redes sociais, ela agradeceu por ser liberta em segurança. “Graças a Deus estou em casa, viva e bem”, disse ela em publicação nos Stories de seu perfil no Instagram.