Após concluir que não houve motivação política na morte do tesoureito Marcelo Arrumada do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, a Polícia Civil voltou atrás. Na última quarta-feira, 20, as autoridades confirmaram em nota que o policial penal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, cometeu o crime por conta de “divergências políticas”. O crime aconteceu no último dia 9, durante a festa de aniversário de Arruda que tinha o tema do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
“As delegadas e os promotores também concordam que toda a confusão se estabeleceu em decorrência de divergências políticas. A PCPR afirma a excelência na conclusão e conclusão do inquérito”, afirma a nota.
A PC e o Ministério Público do Paraná apontaram, porém, que o crime não é enquadrado na legislação brasileira: “Não há previsão política como lei e não há previsão legal para o enquadramento como o crime político, bem definido como político ‘ crime de ódio’”.
Diante disso, as autoridades divergem sobre a qualificadara do crime. Enquanto para a Polícia Civil se trata de homicídio por motivo torpe, que ocorre quando a motivação é imoral e vergonhosa, o Ministério Público acredita em caráter fútil, tendo o motivo insignificante ou banal. Para os dois, a pena é a mesma, podendo chegar a 30 anos de prisão.
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