Uma jovem de 19 anos foi espancada e mantida em cárcere privado por cerca de 25 horas, em Belém. Policiais militares arrombaram a casa para resgatá-la
Uma mulher foi mantida em cárcere privado por cerca de 25 horas, em Belém, e resgatada. Antes de ser trancada em casa, a vítima, que tem 19 anos, foi agredida com uma barra de ferro e ameaçada de ter a cabeça raspada pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.
Policiais militares tiveram de arrombar um cadeado e a porta para conseguir resgatar a mulher. O suspeito foi preso em flagrante. Sérgio, de 48 anos, está à disposição da Justiça. Ele negou que tenha mantido a ex-companheira em cárcere privado.
Em depoimento à Polícia Civil, a vítima relatou que já teria tido um relacionamento com Sérgio no passado. Ela chegou a ir embora de Belém por causa dele. Morou em Santa Catarina durante dois anos. Há um mês, a jovem retornou para a capital paraense a pedido de Sérgio e com a promessa de uma nova chance. O casal reato, mas ela reafirmou que não tinha mais sentimento por ele, por isso decidiu pela separação novamente.
Segundo a vítima, Sérgio passou a ser agressivo e não a deixava ir embora. No último dia 20, ela conseguiu fugir e ir para a casa da irmã. No dia seguinte, o suspeito telefonou e pediu que a jovem fosse buscar suas coisas e também ofereceu um valor em dinheiro para ela recomeçar a vida.
O homem trabalha como açougueiro no mercado do Ver-o-peso, principal cartão postal da capital paraense. Foi lá que os dois se encontraram, no último dia 22, para conversar, mas partiram para as vias de fato.
A mulher disse que foi espancada com uma barra de ferro e com o cabo de uma faca. Ela não relatou se alguém tentou intervir na briga, mas reproduziu as ameaças que Sergio teria feito. Após a confusão, os dois foram para a casa dele, onde ficou trancada por cerca de 25 horas. A vítima pediu ajuda para uma vizinha que acionou a Polícia Militar, que fez o resgate da jovem.
Os policiais prenderam Sérgio e o conduziram para a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Polícia Civil. Ele negou que manteve a jovem em cárcere privado. Na Deam, a vítima passou por acolhimento e optou por não ir para abrigo, pois ia ficar na casa de familiares. Ela entrou com pedido de medidas protetivas contra o suspeito.