E cá estou eu na dura tarefa de escrever sobre a passagem para outra vida de meu amigo L.B Mendonça como gostava de ser chamado pelos mais próximos ou quando assinava seus textos, Luís bezerra foi uma dessas pessoas que a vida nos apresenta sem meios termos ou você gosta ou odeia e para minha felicidade gostei dele de cara e lembro até hoje de seu teste para jornalista no Correio do Pará onde um tom coloquial dava vida aos personagens de suas matérias e nos enchia de alegria, lembro-me de sua primeira reportagem quando dizia “E o meliante veio a tombar com perfurações de arma de fogo na sua fronte onde a massa cefálica jorrou no meio da rua escaldante sob o sol do meio dia” E nós riamos a valer quando ele me disse que o bandido levou um tiro na testa saindo miolos pra todo lado  trágico e cômico ao mesmo tempo, lembro de uma chamada para o “porcocida” ou seja um assassino de porco que para se vingar de seu inimigo o assassino não se conteve e matou o porco do seu desafeto. Varávamos as madrugadas fechando as edições do Correio do Pará.

Luís  Bezerra foi o funcionário 002 do correio do Pará no ano de 1998 quando o jornal ainda se chamava Correio Popular e na redação éramos eu ele e o jornalista Wilson rebelo logo deixou de ser funcionário para ser amigo de todas as horas farras intermináveis, porem seu compromisso com o trabalho sempre foi uma de suas qualidades, podia amanhecer na rua porem as 08:00 da manhã estava no batente.  Algum tempo atrás em um bate papo comentávamos da falta de reconhecimento por parte de alguns setores da sociedade em não reconhecer sua contribuição para com a sociedade de Parauapebas.

Bezerra foi uns dos pioneiros no jornalismo escrito de nossa cidade contribuiu de forma significante com a formação de novos jornalistas, nunca se negou a ajudar quem lhe procurava.

                      Luis nos deixa aos 44 anos e deixa esposa e filhos 

      

“Ninguém morre. O aperfeiçoamento prossegue em toda parte. A vida renova e eleva os quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, vitoriosa e bela, à União suprema com a Divindade”…

Chico Xavier

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