O evento está previsto para novembro deste ano e contará com indígenas de mais de 20 países. Além da realização dos jogos tradicionais, durante o evento também ocorrerá discussão de temas como as mudanças climáticas e sustentabilidade
Alinhado com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, Parauapebas se prepara para sediar a 3ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, previsto para novembro deste ano. Marcos Terena, um dos organizadores do evento que tem o apoio das Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades nacionais e internacionais, está no município conduzindo o planejamento do evento.
Depois de um encontro com o prefeito Darci Lermen, que validou a realização do 3º Jogos Mundiais Indígenas em Parauapebas, na manhã desta quarta-feira, 10, Terena também reuniu com representantes de diversas secretarias de governo. Girlan Pereira, coordenador do Departamento de Relações Indígenas (DRI), destaca que “esse é um momento importante, que coloca Parauapebas no cenário internacional. É um momento de união, de mostrar a cultura, costumes e língua de indígenas de diversos lugares. Também será uma oportunidade para ampliar as discussões e a implantação de políticas destinadas aos povos tradicionais”, ressalta Girlan.
A 1ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas foi realizada de 23 de outubro a 1º de novembro de 2015, em Palmas (TO). Neste período, os irmãos Carlos e Marcos Terena contribuíram com encontros para discussões de políticas públicas, direitos e valorização da cultura indígena por muitos países. “Será uma grande celebração. Parauapebas está em plena Amazônia brasileira e vive uma situação aparentemente contraditória devido ao aproveitamento de recursos minerais estratégicos como ferro. A gente precisa mostrar como o meio ambiente é importante para o bem-estar das pessoas, dos animais, do próprio meio ambiente. Queremos mostrar na prática que é possível ter sustentabilidade a partir da realidade aqui da região”, enfatiza Marcos Terena.
A realização dos jogos mundiais em nosso município contribuirá para a divulgação de Parauapebas como destino de ecoturismo e fortalecerá o turismo de experiência, proposta da Rota Indígena nas aldeias da comunidade Xikrin do Cateté.
Anderson Moratório, chefe de gabinete-adjunto, diz que temos um grande desafio pela frente. “Estamos no meio da floresta Amazônica e nada mais forte do que fazer um evento dessa dimensão aqui. O mundo estará olhando para o município e temos uma ação gigantesca pela frente. Somos um dos poucos municípios desse país que de fato tem políticas públicas destinados aos povos indígenas”, afirma Anderson.
Conheça os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:
1 – Erradicação da pobreza
Desenvolve produtos ou serviços que beneficiam e melhoram a qualidade de vida de grupos economicamente vulneráveis.
2 – Fome zero e agricultura sustentável
Apoia pequenos produtores de alimentos e a agricultura familiar.
3 – Saúde e Bem-estar
Incentiva comportamentos saudáveis entre seus públicos e melhora o acesso de seus colaboradores aos cuidados com a saúde.
4 – Educação de qualidade
Assegura que os funcionários de suas operações diretas e da cadeia de fornecimento tenham acesso a treinamento profissional e oportunidades de aprendizagem
5 – Igualdade de Gênero
Trata mulheres e homens de forma justa, com oportunidades iguais de crescimento profissional e equiparação de cargos e salários.
Respeita e apoia os direitos humanos e combate toda e qualquer discriminação à diversidade.
6 – Água potável e Saneamento
Implanta estratégias de gestão da água que sejam ambientalmente sustentáveis e economicamente benéficas na região hidrográfica onde atua.
7 – Energia Acessível e Limpa
Aumenta sua eficiência energética, utiliza fontes renováveis e leva essas mesmas ações à sua cadeia de suprimentos.
8 – Trabalho decente e crescimento econômico
Garante condições de trabalho decente para funcionários em toda a sua operação e na cadeia de negócios e suprimentos. Cria empregos decentes e formais em setores intensivos em mão de obra. Educa e treina para o trabalho.
9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura
Investe em tecnologia para criar produtos, serviços e modelos de negócios Que promovam uma infraestrutura sustentável, moderna e resiliente.
10 – Redução das desigualdades
Cria e implementa produtos, serviços e modelos de negócios que visam explicitamente às necessidades das populações desfavorecidas e marginalizadas. Desenvolve políticas de compras que beneficiam pequenas empresas da região em que atua.
11 – Cidades e comunidades sustentáveis
Pesquisa, desenvolve e implanta produtos e serviços que melhoram o acesso a edifícios resilientes, mobilidade eficiente, limpa e moderna e a espaços comuns verdes.
Reflete sobre as melhores políticas de deslocamento e mobilidade de Funcionários, bem como de produtos e matéria-prima, dentro do contexto urbano.
12 – Consumo e produção responsáveis
Desenvolve, implementa e compartilha soluções para rastrear e divulgar a procedência de seus produtos, informar o consumidor por meio de políticas de rotulagem e monitora a eficácia dessa ação buscando o desenvolvimento da consciência ambiental e social na sociedade.
13 – Ação contra a mudança global do clima
Reduz substancialmente as emissões associadas às operações próprias e às da cadeia de suprimentos, em alinhamento com os mecanismos de regulação climática.
14 – Vida na água
Pesquisa, desenvolve e implementa produtos, serviços e modelos de negócios que eliminam impactos nos ecossistemas oceânicos e colaboram para sua restauração.
15 – Vida terrestre
Implementa políticas e práticas para proteger os ecossistemas naturais que são afetados por suas atividades e pelas ações de sua cadeia de suprimentos.
Investe em pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento de produtos, embalagens biodegradáveis, proporcionando assim uma mudança na própria indústria.
16 – Paz, justiça e instituições eficazes
Identifica e toma medidas eficazes contra a corrupção e a violência, nas suas próprias operações e nas de sua cadeia de abastecimento.
17 – Parcerias e meios de implementação
Atua em conjunto com o governo e sociedade civil em prol dos Objetivos De Desenvolvimento Sustentável.