Poetas da terra

14 de março é uma data muito importante para a poesia brasileira, nascia na Bahia em 1847 um dos grandes nomes da poesia brasileira, Castro Alves, ele que lutou pela abolição da escravidão entre outros temas muito importantes para a época, ele ficou conhecido com “ poeta dos escravos” e uma de suas obras mais conhecidas é “Navio Negreiro.”

Para comemorar essa data tão importante, vamos conhecer algumas obras de alguns poetas da nossa região.

 

 

Poesias são acordes suportes para os sonhos

Cabeça erguida pensador seu castelo estar pronto
Subitamente suponho, imponho metas é sonhos, ocupo a mente, acho meu cerne, meditação daí proponho.
Que a essência de nossas artes predomine, é que tudo em que ansiamos realmente se realize, fé no que acredita pode pisa na linha
Somos quietinhos na terra mas eu jupte pára-quedista

E nessa imaginação vou me inspirando, escrevendo certo em linhas tortas em vocês vou me viajando!
Aí amigos!! mais uma vez Cantem pra mim aquela canção

Será que vale se submeter a tanta opressão?

Nick Nascimento
Parauapebas – Pará

 

PSICOGRAFIA

Toda poesia
Tem a sua beleza
Mesmo que às vezes não seja
Por muitos compreendida

É das coisas desta vida
Que não pode ser jogada à esmo…

Pois a poesia simplesmente é:
O poeta psicografando a si mesmo!

Bertin Di Carmelita

Marabá-Pará

 

Dirá ela

casei-me com o morto e ví a impaciência da aurora ao seu redor
-o imbecil privado- suspeita dos girassóis e quer que tudo vire mobília nas franjas da alma e no salmoura do coração

o morto é um paradoxo não saberá o que falam dele ainda vivo ou com artrose no joelho depois de morto!

Ah animal de feira decifras o sangue e o berro do louco nos aromas das frutas e nas carcaças entediadas de um jeito de matar de um jeito de morrer
dos perfumes celestes e o hálito do artista ali de corcorá

quem sabe de sílabas em sílabas poderem os animais de feira sua conjuração
na alegoria dos preços sejam ramificações presas a pata e atadas a nomes
apelidos impróprios e a fé este ciúme do outro

Dirá ela
me casei com o morto e que mentira abalará o pássaro sem asas
essa noção do belo que não vive e nem quer deixar viver
só as aflições do arbítrio lhe chamam para a dança!

Charles Trocate
Vicinal do limão, Assentamento Palmares, Parauepabas
Fevereiro de 2022

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