A equipe da Delegacia de Proteção à Pessoa com Deficiência (DPPD), da Polícia Civil do Pará, prendeu, de maneira preventiva, um homem que torturava um jovem, de 39 anos, portador de síndrome de down. O réu é pai adotivo da vítima, que morreu no dia 1º de agosto devido às lesões sofridas. A vítima deu entrada no Pronto-Socorro do Guamá, no dia 28 de julho, após ter sido agredida pelo investigado. Familiares do jovem denunciaram o caso à polícia, afirmando que as sessões de tortura eram constantes e que foram agravadas após a morte da mãe da vítima, que era esposa do agressor.
Conforme os denunciantes informaram, diversos episódios de violência, incluindo golpes com vergalhão no rosto, na cabeça, no tórax e extração de dentes da vítima. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, o resultado da autópsia do jovem confirmou que ele veio a falecer em decorrência das graves lesões cometidas pelo pai.
“As evidências apresentadas nos exames médicos e nos relatos colhidos demonstraram que as lesões sofridas pelo jovem eram compatíveis com tortura e maus-tratos contínuos, que resultaram em sua morte. A gravidade das lesões descritas, incluindo a hemorragia cerebral volumosa e o hematoma subdural, confirmaram os relatos de violência física perpetrada pelo pai adotivo”, informou Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
“Na maioria das vezes, as vítimas são agredidas dentro da própria casa por pessoas que deveriam prestar apoio e atenção a elas, especialmente se são vulneráveis, como era o caso de hoje. Nessas situações, para que possamos investigar e resgatar essas pessoas, a sociedade precisa intervir e buscar meios de denunciar. Assim, nós iremos averiguar a situação e nos colocar à disposição para solucionar os casos de maneira rápida e eficaz. A população pode acessar o canal 181 ou, se preferir, nos procurar presencialmente através da delegacia, na Rua Domingos Marreiros, no bairro de Fátima”, concluiu o titular da delegacia especializada, Guilherme Gonçalves.