erá nesta terça-feira, 8, às 17 horas. “É uma forma de nós, que criamos as peças de biojoias, interagirmos com o público e falar com propriedade sobre o nosso trabalho, pra que serve, como funciona cada semente, como é produzida, de onde vem”, diz a artesã Gilsandra Brasil.
As artesãs do curso de biojoias oferecido pela Prefeitura de Parauapebas irão ganhar nesta terça-feira, 8, um quiosque para vender as peças produzidas por elas. O espaço fica na portaria da Vale e é uma conquista de mulheres que investem na produção de um artesanato amazônico que atrai olhares de turistas e de estilistas do mundo afora.
Batizado de Preciosidades da Amazônia, o quiosque será inaugurado às 17 horas e tem animado as artesãs. “É uma forma de nós, que criamos as peças de biojoias, interagirmos com o público e falar com propriedade sobre o nosso trabalho, pra que serve, como funciona cada semente, como é produzida, de onde vem”, diz Gilsandra Brasil.
A primeira turma de biojoias, com 27 alunas e dois alunos, foi formada pela prefeitura em novembro de 2021. A segunda turma, com 42 alunas, recebeu o certificado em junho deste ano. O projeto foi criado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), com a proposta de expandir a produção das peças para o Brasil afora e, quem sabe, para o exterior.
Para isso, vários passos ainda serão dados. Nesta terça, dia da inauguração do quiosque, as artesãs iniciarão um curso mais avançado, de designer de biojoias, para que aperfeiçoem suas técnicas. Além disso, elas vêm se preparando para criar uma cooperativa.
A partir do incentivo dado pela prefeitura, por meio da Seden, o curso de biojoias tem mudado para a melhor a vida de mulheres que, antes, não viam sentido na vida e se julgavam improdutivas, com baixa autoestima. Isso porque muitas delas foram vítimas de violência doméstica e que agora, com a produção de biojoias, se veem diante de um novo horizonte.
Amor pelo trabalho
Quem conversa com as artesãs de biojoias vê um traço em comum entre elas: a paixão pelo que fazem. Como define Marta Silva dos Anjos, que se formou na segunda turma, “é um prazer, uma alegria, uma satisfação imensa” produzir as peças.
“A biojoia, pra mim, é terapia. A melhor coisa que tem pra mim, pra eu extravasar ansiedade, tristeza, é eu sentar no meu ateliê e construir e confeccionar minhas peças”, diz Marta, que manifesta gratidão por fazer parte do projeto da prefeitura
Gilsandra Brasil assegura: cada peça produzida é feita com muita dedicação. O quiosque, acrescenta a artesã, ajuda na geração de renda para as mulheres e impulsiona a vontade de produzir mais. “O quiosque, pra mim, veio representar uma forma de renda e uma forma de mostrar o meu trabalho para as pessoas apreciarem, curtirem e comprarem minhas peças, que eu faço com muito amor, muito carinho, dedicação”.
ASCOM/PMP