Kettily foi presa em Tucuruí, durante a operação “Mercúrio Artaios”, deflagrada pela Polícia Civil. Ela é suspeita de comandar um esquema de fraude em processos seletivos públicos, vendendo vagas inexistentes na Secretaria de Educação do Estado – e também na SESPA – falsificando documentos oficiais.
A ação se configurou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão. Tudo foi desencadeado após investigações iniciadas em janeiro deste ano pela polícia, que identificou um esquema de manipulação de processos seletivos públicos para ingresso na Secretaria de Educação do Estado do Pará.
A mulher é acusada de vender vagas inexistentes para cargos da Secretaria Estadual, cobrando valores entre R$ 1.500 e R$ 5.000. Ela teria utilizado fraudulentamente a assinatura do Dirigente Regional de Ensino da Diretoria Regional de Marabá para viabilizar o esquema.
Durante as investigações, que contaram com técnicas avançadas, foi descoberto que Kettily também estaria envolvida em fraudes no concurso da Prefeitura de Parauapebas e em outros certames estaduais. A operação identificou ainda um grupo no aplicativo WhatsApp com 35 participantes, que queriam burlar o acesso a cargos da administração pública. Houve registro de grande movimentação financeira nos primeiros seis meses do ano nos registros bancários dos envolvidos.
Kettily já havia sido detida anteriormente em janeiro, em Marabá, nas proximidades da Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, onde conversava com uma das vítimas. Na ocasião, a suspeita, que atuava como professora contratada de Filosofia na zona rural de Marabá, foi acusada de estelionato, prometendo cargos públicos em troca de valores entre R$ 3.000 e R$ 5.000. Estima-se que pelo menos 80 pessoas tenham sido lesadas pelo esquema fraudulento liderado por Kettily.
Após a detenção inicial, ela foi encaminhada à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde prestou depoimento. A investigação revelou que a fraude não era um incidente isolado, mas parte de um esquema maior que abrangia outros municípios e até outras cidades, como Goiânia, onde ela é acusada de crimes semelhantes ocorridos em 2019. Documentos falsificados em nome da Diretoria Regional de Educação (DRE) e relatos de vítimas foram fundamentais para desvendar o esquema.
Durante o cumprimento de mandado de prisão desta sexta-feira, foram apreendidos quatro notebooks, sete aparelhos celulares e dois automóveis, todos utilizados na execução das fraudes.
As investigações continuam.