Roda viva – edição 1268

Copiloto do Airbus agiu deliberadamente para derrubar o avião Sozinho na cabine de comando, o copiloto do Airbus A320 ativou os controles para fazer o avião descer até se chocar contra uma cadeia de montanhas dos Alpes franceses, disse nesta quinta-feira o promotor que investiga o acidente*** O voo 4U-9525 partiu nesta terça-feira de Barcelona, na Espanha, com destino a Dusseldorf, na Alemanha, e caiu cerca de uma hora após a decolagem, deixando 150 mortos. Segundo o promotor Brice Robin, o copiloto Andreas Lubitz trancou o piloto do lado de fora do cockpit e iniciou o procedimento de descida da aeronave “por uma razão que não temos nenhuma ideia, mas que pode ser vista como um desejo de destruir o avião”*** Segundo o jornal Le Monde, Robin afirmou que as investigações agora irão se concentrar na análise de personalidade do copiloto. Lubitz é alemão e não era suspeito, até então, de ter ligação com nenhuma organização terrorista*** O copiloto tinha 28 anos e estava na Germanwings desde 2013, contabilizando mais de 600 horas de voo em Airbus**** Nos primeiros 20 minutos de voo, de acordo com o promotor, o copiloto manteve uma conversa “normal e cortês” com o comandante. Depois se escuta o comandante repassar o procedimento de aterrissagem em Dusseldorf e o copiloto respondendo de forma “lacônica”*** Posteriormente, o comandante pede para o copiloto assumir o comando do avião, provavelmente para ir ao banheiro, e em seguida é possível escutar o movimento de uma das poltronas e uma porta que se fecha*** Nesse momento, quando o copiloto já está sozinho na cabine, ele aciona o sistema de descenso e não fala mais nada. Robin acrescentou que as vítimas não se deram conta do que ocorria até o último momento, porque na gravação não foram ouvidos gritos até pouco antes do impacto*** O Senado aprovou na terça (24) de março, de forma definitiva, o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais. A PEC (proposta de emenda constitucional) proíbe os partidos políticos de formar coligações nas eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias e Câmaras de Vereadores***Ficam mantidas as coligações somente nas eleições majoritárias – presidente da República, governos estaduais, municipais e Senado. Os senadores tinham aprovado a PEC no começo de março em primeiro turno e concluíram sua análise em segundo turno nesta terça*** A proposta segue para votação na Câmara dos Deputados. No total, 62 senadores votaram a favor da PEC, 1 contra e 1 se absteve***A proposta é o primeiro item da reforma política, anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB¬AL), como prioridade para o Congresso nos próximos meses. A Câmara e o Senado vão elaborar em conjunto uma “pauta expressa”, com pontos da reforma política a serem aprovados pelas duas Casas de forma mais rápida***O objetivo da PEC é acabar com as chamadas “legendas de aluguel”, quando partidos se unem próximo às eleições apenas para ampliar o tempo no horário eleitoral de rádio e TV ou aumentar a visibilidade de siglas “nanicas”***O tempo para o horário eleitoral soma o destinado a todos os partidos que integram as coligações. A proposta também dá fim aos chamados “puxadores de votos”, em que deputados com votações expressivas garantem a eleição de outros que não alcançaram o chamado quociente eleitoral com seus próprios votos*** A Polícia Federal afirmou na manhã desta quinta-feira (26) que menos 70 empresas – dos ramos bancário, siderúrgico, automobilístico e da construção civil – são investigadas no esquema que pode ter dado prejuízo de R$ 19 bilhões à Receita Federal a partir da anulação ou redução indevida de multas aplicadas pelo órgão. Os nomes das empresas suspeitas de envolvimento na fraude não foram divulgados**** Durante a operação nesta manhã, os agentes apreenderam R$ 1,3 milhão em dinheiro nas casas de suspeitos de envolvimento no esquema. Carros de luxo também foram apreendidos. A fraude ocorria no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o órgão do Ministério da Fazenda responsável por analisar em segunda instância as autuações promovidas pela Receita*** O diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Oslain Campos Santana, afirmou considerar a Operação Zelotes “tão grande” quanto a Operação Lava Jato por causa da extensão do prejuízo aos cofres públicos, estimado em R$ 19 bilhões, e a quantidade de envolvidos. “Até agora não foi identificada grandes correlações entre essa operação e a Lava Jato, fora, óbvio, ter processos administrativos”, completou.

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