Na manhã desta quarta-feira, 11, a Polícia Federal deflagrou a operação Bruciato II, que visa desarticular uma rede de comercialização ilegal de ouro envolvendo os estados do Pará, Tocantins e Mato Grosso. O foco da operação é a exploração ilegal de ouro na região sul do Pará, particularmente em áreas próximas à Terra Indígena Kayapó.
O ouro extraído da região, após a exploração ilegal, era transportado para Cuiabá, no Mato Grosso, e de lá, encaminhado ao exterior. A continuidade das investigações deve revelar mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e os destinos internacionais do minério.
Durante a operação desta quarta-feira, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva. A distribuição dos mandados foi a seguinte:
- Redenção/PA: 10 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva
- Tucumã/PA: 3 mandados de busca e apreensão
- Cumaru do Norte/PA: 1 mandado de busca e apreensão
- Palmas/TO: 1 mandado de busca e apreensão
- Cuiabá/MT: 1 mandado de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva
Foram apreendidos veículos, joias, ouro, armas e valores em espécie. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro e a indisponibilidade de até R$ 1,7 bilhão em dinheiro e bens dos investigados. A operação também resultou na suspensão das atividades de extração e comercialização de ouro de quatro empresas envolvidas no esquema.
Esta ação é um desdobramento da operação Bruciato, deflagrada no dia 10, que já havia cumprido 33 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva, focando no combate a uma organização criminosa atuante na Terra Indígena Kayapó e arredores.
A operação Bruciato II representa um esforço significativo da Polícia Federal para combater a exploração ilegal de recursos naturais e proteger as terras indígenas da região, enquanto as investigações continuam para identificar todas as ramificações do esquema criminoso.
Foto: Polícia Federal