O CEO da OceanGate, Richard Stockton Rush, desaparecido após o sumiço do submarino na última segunda-feira (19), está sendo processado por um casal da Flórida (EUA) que pagou por uma expedição na embarcação, mas alega ter sido “enganado”. Como a viagem reservada para ver os destroços do Titanic nunca aconteceu, eles buscam o reembolso.
Marc e Sharon Hagle teriam assinado um contrato com o CEO para participar de uma expedição, pagando a quantia de US$ 10.000 (cerca de R$ 47.900) cada um, em novembro de 2016. Eles disseram que foram informados que o valor era totalmente reembolsável.
No entanto, após o pagamento de US$ 210.258 (mais de R$ 1 milhão) e a expedição ter sido adiada diversas vezes, eles não conseguiram o reembolso do passeio. O processo, instaurado em fevereiro, alega indução fraudulenta e violação da Lei de Práticas Comerciais Enganosas e Desleais da Flórida.
O CEO da empresa está a bordo do submarino que desapareceu. O casal, estava na missão da Blue Origin em 2022, mas ficou cético em relação à expedição e pensou em solicitar reembolso. O documento afirma que Richard Stockton Rush visitou os dois na Flórida em 2017, explicou como seria o passeio e que o submarino estaria pronto para mergulhar em junho de 2018.
De acordo com eles, Rush ainda confirmou que o casal poderia pedir o reembolso total, caso precisasse. O processo ainda afirma que, após a visita, eles receberam um segundo contrato que exigia o pagamento de US$ 190.258 a mais. Um mês depois de assinarem o novo contrato e transferirem o dinheiro, o nome do submarino foi alterado de Cyclops 2 para Titan.
Dois meses depois, a expedição que aconteceria em junho de 2018 foi cancelada. O processo diz que a OceanGate justificou que não teve tempo para certificar que a embarcação poderia alcançar a profundidade necessária para ver os destroços do Titanic.
Redação Jornal Correio do Pará
Foto: Divulgação / OceanGate