A Polícia Federal revelou, nesta sexta-feira (2), um novo esquema internacional de tráfico de drogas operado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção utilizava os rios do Estado do Pará como rota alternativa para exportar cocaína à Europa, driblando fiscalizações no litoral sudeste do país.
Segundo as investigações, o grupo criminoso, coordenado por Klaus de Castro Rios Motta e Silva, com ligações diretas ao empresário Marco Aurélio de Souza, o Lelinho, buscava rotas menos vigiadas após sucessivas apreensões de cargas de drogas no litoral paulista. Até então, o esquema funcionava com pequenas lanchas que partiam de São Paulo e transferiam a droga para veleiros em alto-mar, que seguiam até a costa da África, de onde a cocaína era redistribuída para países europeus.
A mudança de rota teve como base a cidade de Belém, capital paraense. O novo braço logístico da facção foi descoberto após a interceptação de ligações entre os suspeitos e, principalmente, após a apreensão de 560 kg de cocaína em uma lancha ancorada na Marina Marine Park, na Ilha do Mosqueiro, em maio de 2024.
Como parte das investigações, a Polícia Federal deflagrou, na terça-feira (29), a Operação Narco Vela, com o objetivo de desarticular o esquema de tráfico transatlântico. A ação contou com mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo.
No total, foram expedidos 4 mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão. Os alvos estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. A quadrilha utilizava embarcações com tecnologia satelital e capacidade de navegação oceânica, como veleiros, para transportar a droga.
A Polícia Federal segue investigando os desdobramentos da rota amazônica e o envolvimento de outros suspeitos ligados ao crime organizado internacional.
Informações por Roma News
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