Três homens são condenados por prostituição de adolescentes e estrupo de vulnerável em Parauapebas

A Justiça do Pará condenou os empresários Mauro de Souza Davi, o “Marola”, que atuava na promoção de shows, e Eduardo Liebert Araújo dos Santos (“Total Solutions”), do ramo de segurança patrimonial, e o advogado criminalista Antônio Araújo Oliveira, o “Toni”, pelos crimes de estupro de vulnerável e prostituição de adolescentes.

Eles foram presos na Operação “Book Rosa”, deflagrada no dia 23 de junho de 2021 em Parauapebas, no sudeste do Pará, pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), que tem à frente a delegada Ana Carolina Carneiro.

Fabrício Luan, uma transexual de Parauapebas, que é acusada de ser a cafetina, ou seja, a intermediadora que convencia as adolescentes a se prostituírem sexualmente com os acusados, não foi preso na operação. Ele foi arrolado como testemunha no processo.

O empresário “Marola Show”, como é popularmente conhecido em Parauapebas e região, foi condenado a 26 anos de prisão; o advogado “Toni, a 36 anos de reclusão; e o empresário Eduardo Liebert , a 14 anos de detenção. Todas as sentenças serão cumpridas incialmente em regime fechado.

Marola foi condenado com bases nos artigos 217-A e 218-B do CPB em concurso material com o artigo 241-B do ECA, e absolvido em relação ao crime previsto no 243 do ECA; Toni foi sentenciado nos artigos 217-A e 218-A do CPB, em concurso material, ambos duas vezes; Eduardo Liebert foi condenado nos artigos 218-A e 218-B, em concurso material. Não há mais detalhes sobre as sentenças condenatórias, proferidas pela juíza Flávia Oliveira do Rosário, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas, no dia 17 de abril, porque o caso corre em segredo de Justiça.

Segundo a delegada Ana Carolina, as investigações que levaram a deflagração da Operação “Book Rosa” e prisão e condenação dos envolvidos teve início em setembro de 2020, quando a DEAM investigava o sumiço de três adolescentes em Parauapebas. Ainda segundo a delegada, quando as adolescentes foram encontradas, verificou-se que elas eram exploradas sexualmente pelos acusados, agenciadas por Fabrício Luan.

Durante as investigações foram comprovados o envolvimento dos réus nos crimes a que foram condenados, como a negociação de valores e pagamento às vítimas, assim como vídeo do ato sexual.

Por Tina DeBord

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