O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o presidente chinês Xi Jinping, durante uma coletiva com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca na noite desta última quarta-feira (9). O norte-americano diz ainda estar confiante de que chegará a um acordo com Pequim, após o aumento da tensão comercial entre os países.
Trump havia anunciado o aumento das tarifas sobre a China para 125%, logo após o governo chinês impor tarifas adicionais de 84% sobre produtos americanos, como forma de retaliação. Anteriormente, os EUA haviam imposto tarifa adicional de 50% aos produtos chineses.
Nesta quinta-feira (10), a Embaixada da China em Washington disse que não recuará na guerra tarifária. Pequim também impôs restrições a 18 empresas norte-americanas, principalmente em setores relacionados à defesa, somando-se às cerca de 60 empresas norte-americanas punidas devido às tarifas impostas por Trump.
As disputas comerciais entre os dois países atingiram níveis sem precedentes. Os aumentos mútuos entre EUA e China têm crescido desde que Trump anunciou seu “tarifaço” — um pacote de impostos extras a dezenas de países no mundo inteiro que incluía, até então, um aumento de 34% nas taxas aplicadas a produtos chineses que entram nos EUA.
O ministro chinês também afirmou que, caso os Estados Unidos queiram resolver as disputas por meio do diálogo, devem adotar uma postura de igualdade, respeito e benefício mútuo. Caso insistam em uma guerra tarifária e comercial, Pequim promete reagir até o fim.
Esse novo capítulo do “tarifaço global” dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. As tarifas variam entre 10% e 50%. Trump também acusou a China de manipular “a moeda para compensar tarifas”.