A mineradora Vale informou que 17 estruturas da companhia, como barragens e diques, não obtiveram as chamadas Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs), segundo comunicado nesta segunda-feira (1).
O anúncio vem em meio aos desdobramentos do rompimento de uma barragem da companhia em Brumadinho (MG) em janeiro que deixou mais de 300 mortos e desaparecidos e colocou as operações da companhia sob escrutínio das autoridades brasileiras, destaca a Reuters.
Segundo a Vale, não foram obtidas novas declarações de estabilidade para suas barragens Sul Superior, da mina de Gongo Soco; B3/B4, da mina de Mar Azul; Vargem Grande, do Complexo de Vargem Grande; e Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo, do complexo de Fábrica, cujas DCEs venceram em 31 de março.
Estas 7, de acordo com a Vale, são estruturas do modelo alteamento a montante (o menos seguro), já desativadas, “cujos níveis de emergência já tinham sido reavaliados e cujas Zonas de Auto Salvamento (ZAS) foram evacuadas de forma preventiva”.
No comunicado ao mercado, a mineradora informou ainda que outras 10 estruturas, com estudos complementares e obras de reforço já em andamento, também não obtiveram as Declarações de Condição de Estabilidade.
São elas: Dique Auxiliar da Barragem 5, da Mina de Águas Claras; Dique B e barragem Capitão do Mato, da mina de Capitão do Mato; barragem Maravilhas II, do complexo de Vargem Grande; dique Taquaras, da mina de Mar Azul; barragem Marés II, do complexo de Fábrica; barragem Campo Grande, da mina de Alegria; barragem Doutor, da mina de Timbopeba; Dique 02 do sistema de barragens de Pontal, do complexo de Itabira; e Barragem VI, da mina do Córrego de Feijão.
“Tais estruturas foram interditadas e tiveram seus níveis de emergência elevados para 1, que não requer evacuação”, informou a empresa, acrescentando que está planejando “medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança destas estruturas”.
A Vale disse ainda que outras 80 DCEs foram obtidas pela companhia para estruturas cujas declarações venceram em 31 de março.
Segundo a mineradora, a perda das declarações de estabilidade “não agrava seu fator de segurança, nem altera a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas”.
“A Vale reitera que sua prioridade é com a segurança de todas as suas estruturas e, consequentemente, da população e trabalhadores a jusante. A produção dessas localidades somente será retomada quando a segurança das estruturas estiver assegurada”, acrescentou a mineradora.
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