O corpo do vereador de Ananindeua Deivite Wener Araújo Galvão, conhecido como Gordo do Aurá, está sendo velado nesta sexta-feira (22). O vereador foi assassinado na tarde de quinta-feira (21), no bairro da Pedreira, em Belém.
Gordo do Aurá estava com sua esposa retornando para casa em um carro de transporte por aplicativo, quando foram surpreendidos por um grupo de homens em outro veículo que realizaram mais de 20 disparos. A vítima e a esposa foram baleados e encaminhados para o Pronto Socorro da 14 de Março. O vereador acabou morrendo. A esposa foi transferida para o Hospital Metropolitano onde ela permanece internada em estado estável. O motorista de aplicativo não ficou ferido.
Em entrevista ao Bom Dia Pará, o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) Ualame Machado informou que a Polícia Civil já iniciou as investigações que pelas características do caso, a execução da vítima foi premeditada.
“As investigações estão em andamento. A Delegacia de Homicídios contra Agentes Públicos, que no caso ele era vereador, está cuidando do caso. Nós temos algumas linhas de investigação que são ligadas à vida pregressa e até a atividade da vítima. E também o reforço na região onde ele reside e está sendo o velório para evitar qualquer embate, qualquer movimentação anormal”, acrescentou o secretário.
Em nota, a Câmara Municipal de Ananindeua declarou que o vereador “sempre teve uma destacada atuação em defesa dos moradores do Aurá e da população de Ananindeua de modo geral”. Em nota, o Parlamento de Ananindeua informou que “se solidariza com todos os familiares e amigos do vereador e decreta luto oficial de três dias”. De acordo com a Câmara Municipal, Alex Melul (DEM) irá assumir o cargo de vereador.
Prisões e atentados
Deivite Galvão foi eleito vereador de Ananindeua, região metropolitana de Belém, em 2012, pelo DEM, e reeleito em 2016 pelo mesmo partido.
Em 2013, ele foi alvo de um atentado. Quando chegava ao prédio da Câmara de Vereadores de Ananindeua, foi baleado por um motoqueiro armado, que fez vários disparos.
De acordo a Polícia Civil, o vereador responde por dois crimes: em 2006, foi apontado como suspeito de homicídio, e em 2011 foi preso por tráfico de drogas e associação ao tráfico, no distrito de Mosqueiro.
Em setembro de 2018, Devite foi preso por ligação com o tráfico de drogas e por integrar facção criminosa. A ação da Polícia que culminou na prisão do vereador ocorreu no residencial do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, que à época havia sido ocupado há cerca de dois anos. De acordo com as investigações, o local servia como abrigo para foragidos e para gerenciamento do tráfico de drogas.
Por G1 PA — Belém