Vereadores buscam informações junto à polícia sobre tortura de jovem na zona rural

Tão logo tomou conhecimento de que um jovem de 14 anos de idade tinha sido torturado e mantido em cárcere privado no final de semana por fazendeiros na vila Alto Bonito, área conhecida como “Região do Contestado”, o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Luiz Castilho (Pros), convocou os colegas de parlamento para irem até a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, com sede em Parauapebas, e solicitar informações a cerca do caso.

Informações extraoficiais davam conta que o garoto foi acusado de furtar gado e outros objetos da propriedade dos fazendeiros, e por esse motivo foi torturado e amarrado, mas conseguiu fugir do cativeiro para casa dos pais, que encaminharam a vítima para o Hospital Geral de Parauapebas.

Na manhã desta quinta-feira (14), os vereadores Ivanaldo Braz (sem partido), Marcelo Parcerinho (PSC), Joelma Leite (PSD) e Zacarias Marques (PP) se deslocaram para a Delegacia de Polícia Civil para conversar com o delegado Gabriel Henrique e tomar ciência sobre o andamento das investigações.

Antes de serem recebidos pelo delegado, os vereadores foram entrevistados pela imprensa local e falaram sobre o que até então tinham conhecimento da violência sofrida pelo adolescente de 14 anos de idade.

A conselheira tutelar Márcia Barros garantiu que o órgão está dando todo apoio à vítima e a seus familiares, e acompanhando a investigação do caso junto à polícia.

Os parlamentares foram informados que o caso havia ocorrido em jurisdição do município de Marabá, e por esta razão seria investigado pela Polícia Civil lotada naquela cidade.

Segundo os vereadores, existe um convênio celebrado entre as prefeituras de Marabá e Parauapebas para atender à comunidade da “Região do Contestado” nas áreas de saúde, segurança, infraestrutura e educação, cuja maior responsabilidade cabe ao município de Parauapebas.

Na reunião com o delegado Gabriel Henrique, os vereadores foram informados que os primeiros procedimentos de investigação do caso estão sendo feitos pelos policiais civis lotados em Parauapebas e posteriormente serão repassados para Marabá, cuja jurisdição se encarregará da conclusão do inquérito.

Para o presidente da Câmara, vereador Luiz Castilho, é importante que os direitos dos cidadãos sejam realmente restabelecidos. Para isso, é preciso que a polícia investigue o caso e esclareça para a sociedade quem são os verdadeiros culpados por essa violência.

Texto e fotos: Waldyr Silva / Revisão: Wagner Santos / Ascomleg

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