Governo diz que há ofertas de leitos e que contágio da covid-19 está estabilizado no Pará

O governador Helder Barbalho disse, nesta quinta-feira (2), que os leitos (de UTI e clínico) estão com oferta e que o contágio está estabilizado. O anúncio foi feito no comunicado sobre o projeto ‘Retoma Pará’, com transmissão ao vivo feita esta manhã pelo site Agência Pará, pela TV Cultura e pelas redes oficiais do governo do Estado.

Helder ressaltou, porém, que isso não quer dizer que o Estado já ultrapassou a pandemia. “Pelo contrário. Cada um tem que, portanto, assumir a sua responsabilidade, no sentido de ter consciência. Se você vai sair, saia se for necessário, se for essencial. E, se for sair, use máscara. Não tem que a polícia te abordar (para a pessoa usar a máscara). A tua consciência tem que prevalecer, para você se proteger e proteger o próximo”, afirmou Helder Barbalho. “Todos nós temos responsabilidade pela vitória ou derrota no enfrentamento à covid. Mais importante é cada um poder se proteger, proteger a si e à sua família, proteger quem você ama”.

Rodovalho, novo secretário de saúde, ao lado de Helder (reprodução)

Ocupação é de 64,2% para UTIs da covid-19

“Estamos com a ocupação dos leitos clínicos adultos de 43,27%. E a ocupação de UTI de leitos adultos é de 64,25%”, detalhou o novo secretário de Saúde Pública do Pará, delegado da Polícia Federal Rômulo Rodovalho, sobre os leitos disponíveis, no Estado, para a covid-19.

Segundo Rodovalho, estão sendo disponibilizados hoje no Pará 1.523 leitos clínicos. E estão disponíveis atualmente no sistema 864, o que representa uma ocupação de 43,27%. Há ainda 20 leitos clínicos pediátricos e uma disponibilidade de 13. A ocupação é de 35%.

Em relação aos 702 leitos de UTI para adultos com convid-19 no Pará, são 251 os disponíveis. A taxa de ocupação é de 64,25%. Quanto às UTIs pediátricas, há 27 leitos no total. E estão disponíveis 12. Uma taxa de ocupação de 55,56%. Em relação a UTIs neonatais, há 24 leitos no Pará e 8 disponíveis. Uma taxa de ocupação: 66,67%.

“Esses números contribuem sobremaneira para o projeto Retoma Pará, pois demonstram que o Estado tem uma retaguarda suficiente para o atendimento da nossa população. Isso é de suma importância. É do trabalho que já vem da gestão anterior fazer com que tenhamos essa retaguarda, e nós vamos continuar proporcionando, à população, essa retaguarda”, disse o novo secretário. Rodovalho tem 14 anos de carreira na Polícia Federal.

Cem dias de pandemia no Pará

Helder reconheceu o quanto esse período de pandemia tem “sido sofrido” para a população, lembrando que são mais de 100 dias (a partir de 16 de março) em que as pessoas estão com suas vidas mudadas por causa do novo coronavírus.

Ele falou que o governo do Estado está realizando um inquérito epidemiológico.  Esta semana, as testagens ocorrem em Belém e Ananindeua.

“A partir de segunda-feira, outros 50 municípios que foram sorteados em todas as regiões do Estado. São três rodadas de pesquisas. Vão ser 27 mil testagens, 27 mil entrevistas, para saber quantos por cento da população já teve contato com o coroanvírus”, afirmou.

Balanço de testagens

Na segunda-feira (29), o governo do Pará iniciou as testagens de covid-19 que embasarão a pesquisa epidemiológica em todo o Estado que tem como objetivo identificar o quantitativo de pessoas infectadas ou não pelo novo coronavírus, além de medir a expansão da pandemia em Belém e municípios do interior.

Os resultados do estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19’ vão subsidiar o planejamento, assim como a implementação de políticas públicas eficientes para o enfrentamento da doença em todas as regiões paraenses.

A pesquisa será aplicada em 52 cidades paraenses, escolhidas conforme setores censitários do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), como estimativa populacional, levando-se em consideração municípios de pequeno, médio e grande porte das oito Regiões de Regulação da Sespa. Em todas as cidades, serão desenvolvidos inquéritos epidemiológicos, tanto na zona rural quanto na urbana.

De acordo com o professor da Uepa, Clay Anderson Chagas, o levantamento será dividido em duas etapas: a primeira será a aplicação de questionários de múltipla escolha, para identificar o perfil demográfico e socioeconômico da população, assim como a presença ou não de sintomas da doença, a relação com a pandemia e com as medidas de proteção contra o vírus; a segunda será a testagem aleatória para a covid-19, chamada de ‘Teste do IGG’, a qual iniciou já nesta terça-feira (30), em Belém e Ananindeua, ambos da Região Metropolitana de Belém.

Fonte: www.oliberal.com

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