PF investiga esquema ilegal de ouro em 7 estados incluindo o Pará e movimentações de 300 milhões

A Operação da PF  batizada de Gold Rush foi deflagrada nesta quinta-feira (20) de outubro em sete estados com o intuito de combater o mercado ilegal do comercio de ouro e lavagem de dinheiro, acreditasse que foi movimentado mais de R$ 300 milhões em 20 estados.

São cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, nos estados do Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e São Paulo. A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 118 milhões dos suspeitos.

As investigações tiveram inicio após a PF identificar uma quantia elevada em movimentações ao longo de 5 anos de uma joalheira em Roraima que era usada de fachada por uma pessoa que foi presa envolvida com o trafico de drogas.

O ouro comercializado teria origem em garimpos ilegais no estado de Roraima e no contrabando de minério que chegaria da Venezuela. No último caso, geralmente os suspeitos buscam simular uma origem lícita para o ouro como se o comprassem em pequenas quantidades de migrantes venezuelanos que chegam no Brasil em busca de melhores condição de vida.

Além de empresas de fachada, as investigações também identificaram negócios regulares que teriam feito movimentações suspeitas, como uma empresa que presta serviços de limpeza urbana, mas que teria depositado mais de R$ 3 milhões para o esquema.

Os principais crimes investigados são lavagem de dinheiro, contrabando, extração ilegal de recursos minerais e usurpação de bens da União. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 20 anos de prisão, além de multa.

 

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