O servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) atingido com um tiro no tornozelo dentro da Terra Indígena Apyterewa durante uma emboscada, chegou no município de Marabá,para receber atendimento médico. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra ele recebendo ajuda dos integrantes do Exército Brasileiro para chegar até a ambulância, que fará o traslado para o hospital. Além do servidor, ninguém ficou gravemente feriado.
Os agentes e os servidores estavam saindo do local para realizar uma ação relacionada ao combate de invasões dentro do território indígena quando tudo ocorreu. As emboscadas ocorrem em três pontos distintos, e as viaturas onde as equipes estavam ficaram com diversas marcas de tiros. Um dos carros da Funai teve os pneus furados.
Segundo o Superintendente Regional da Polícia Federal no Pará, José Roberto Peres, a PF já instaurou um inquérito para apurar o caso. “(…) E a suspeita recaí sobre os grandes exploradores da Terra Indígena Apyterewa, que são os garimpeiros, os madeireiros e, principalmente, no caso da Terra Indígena Apyterewa, os grandes criadores de gado”, acrescentou Peres, informando que no momento da desintrusão da terra indígena havia 60 mil cabeças de gado em fazendas ilegais dentro de Apyterewa.
A Funai se manifestou demonstrando solidariedade ao servidor baleado na emboscada enquanto “cumpria o seu dever funcional na Operação de Desintrusão da Terra Indígena Apyterewa”, realizada no Estado. Segundo o comunicado, a operação buscava garantir a posse do território pelos indígenas mediante a retiradas de não indígenas que ocupam a área ilegalmente.
“O governo acompanha o trabalho das autoridades responsáveis pela devida investigação e pelo cumprimento da lei para que ocorre justiça. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) está dando todo o apoio para que o servidor se recupere prontamente e tenha sua saúde restabelecida”, afirmou.