A adoção de um cachorro, o Ban, que vivia nas ruas de Parauapebas, ajudou a jovem Raymara Santos, a se recuperar de uma situação de depressão profunda, neste ano.
Ela tem 25 anos, solteira, mora com os pais e o irmão e agora o novo membro da família, o filhote. Raymara nasceu em Parauapebas em uma família estável, simples e tradicional “Eu agradeço meus pais, eu nunca vi eles brigarem na minha frente”_disse ela. Cresceu apreendeu valores, de generosidade e caridade “ sempre vi papai e mamãe ajudando o próximo”.
Formou-se em administração e relações públicas. Teve o primeiro namorado aos 18 , assim como planejara, depois de terminar o segundo grau. Embora, durou pouco tempo, mas ela cumpriu seus objetivos. Reflexo de suas competências, detalhista e focada.
Ou seja, teve uma infância feliz, uma boa formação na juventude, moral, acadêmica, familiar, em outras palavras, teve tudo para ser feliz.
Garota alta, de 1 metro e 80 centímetros, quadris largos e pernas grossas, ao se olhar no espelho ela se autojulgava, pensava na reputação “Eu pensava que as pessoas me achavam, gorda e feia”_relatou. O que originou bulimia, ansiedade e depressão.
Crise de choro, nervosismo, palpitação acelerada no coração, delírios, ouvia vozes, esquecimento, sensação de perseguição entre outros sintomas físicos e emocionais.
Com o apoio do irmão, começou o tratamento psicológica, que durou uns seis meses, depois começou o tratamento com psiquiatra, com medicações e com os conselhos de sua médica, de que a convivência com animais ajudaria em sua recuperação.
Próximo ao seu aniversário, no dia 3 de fevereiro deste ano, ela resolveu se auto presentear , procurou a instituição filantrópica Associação Protetora de Animais e do Meio Ambiente – Apama. E adotou um cachorro, de cinco meses, que estava abandonado junto com a sua primeira família, sua mãe uma pinche, e mais quatro irmãos, que foram acolhidos por outras famílias. No primeiro dia o cachorrinho lhe proporcionou 24 horas de muita alegria e também responsabilidade, pois estava com pneumonia e passou por um tratamento de um mês.
“O Ban é muito dócil e protetor” afirmou ela. Com uma grande percepção, durante a convivência, ele foi muito companheiro. Um fiel vigilante, ele avisava a Maria Amélia, mãe de Raymara, quando ela desmaiava, ou demorava no banheiro, durante o dia ao seu lado, quando ela não queria ver ninguém nem fazer nada.
“Ele me animava, nos momentos de tristeza”.
E nesta semana, dia 3 de agosto, ela recebeu alta do tratamento médico, está recuperada e feliz, ao lado de Ban.
A adoção lhe valeu um amigo, companheiro e cuidador, amizade. “Simplesmente “Meu melhor amigo”, concluiu ela, à equipe de reportagem do Correio do Pará”.
Por: Luana Borges