O procedimento foi realizado por um médico que se dizia oftalmologista, porém, não tinha especialidade em seu registro
Muitas mulheres se submetem a cirurgias plásticas por não estarem satisfeitas com alguma parte do seu corpo. Outras, fazem o procedimento cirúrgico por questão de saúde. Independente do motivo, é preciso ter cuidado antes de passar pela cirurgia e ter referências do médico que fará o procedimento para evitar problemas ainda maiores.
A empresária Alessandra Veiga Lobo Collichio Ferreira, de 49 anos, ficou cega do lado direito após passar por uma cirurgia plástica para diminuir a pálpebra, em junho deste ano.
De acordo com informações do Metrópoles, o procedimento foi realizado pelo médico Ariano Melo, na clínica Visage, em Minaçu, em Goiás, que era amigo da família. Ela denunciou o profissional de saúde por erro médico para a Polícia Civil, que investiga o caso.
A vítima detalhou que, assim que saiu da sala de cirurgia, passou a sentir dores fortes na cabeça e dificuldades na visão. Ela disse, ainda, que o médico disse que a situação seria normal e que a empresária voltaria a enxergar. Porém, ela contou que as dores eram tão fortes, que chegava a vomitar.
Após quatro dias em que a cirurgia foi realizada, a empresária procurou um oftalmologista. Ao olhar a foto de como estava o olho dela, o oftalmo disse: “Corre para salvar o olho, porque a visão, ela já perdeu”. Em seguida, ela foi para uma consulta presencial.
Devido à situação, Alessandra Ferreira precisou passar por mais duas cirurgias e vários retornos ao especialista.
“Todos os médicos que conheço ficaram horrorizados como fizeram um estrago desse. Agora é tentar aceitar porque não tem como voltar atrás. O olho humano não tem preço. É uma coisa que vai ficar marcada pelo resto da vida”, lamenta a empresária, que era acostumada a fazer cirurgias plásticas.
O portal Metrópoles detalhou que o médico que fez o procedimento, Ariano da Paz Melo, se diz da área de oftalmologia em sua página no Instagram, mas não tem a especialidade em seu registro profissional. A vítima afirmou que não sabia disso quando fez a cirurgia.
“Nunca imaginei que ia dar meu olho para uma pessoa que não tem especialidade. Meu olho era perfeito. Será que meu olho de repente foi deixando minha pele e derreteu?”, questiona a empresária.
O Metrópoles entrou em contato com a clínica Visage, mas o atendente disse que não vai passar informações ou contatos sobre o caso. A Polícia Civil informou que os investigados estão sendo ouvidos e que perícias e documentos foram requeridos.
Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou, em nota, que não foi comunicado sobre a denúncia, mas que orienta a paciente a entrar em contato com o Conselho para formalizar a queixa e para que a conduta dos profissionais possa ser apurada.
Por: Dol