Prefeitura de Parauapebas elabora novo plano de ação para atender venezuelanos

Apesar de todos os esforços do governo municipal para atender os 56 indígenas venezuelanos que estão em Parauapebas há mais de um ano, eles continuam se expondo nos sinais de trânsito da cidade, pedindo ajuda à população e correndo perigo.

Os venezuelanos da etnia Warao são atendidos pela prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), em espaço que foi totalmente reformado e adaptado aos seus costumes, como a instalação de tradicionais redes no local e alimentação conforme a cultura do grupo.

Além disso, 20 crianças e adolescentes estão sendo atendidos pelo projeto Pipa. Eles contam ainda com uma equipe de saúde e de assistência social e educação que presta toda assistência necessária. Agora o desafio da gestão municipal é inseri-los no mercado de trabalho, dando aos venezuelanos oportunidade de emprego e geração de renda.

Para isso, uma reunião com representantes das secretarias municipais, Procuradoria Geral do Município (PGM), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdcap), Conselho Tutelar, Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap) e organizações não governamentais (ONGs) tratou de um novo plano de ação que vai nortear as próximas medidas em prol dos venezuelanos.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Celso Ricardo, a ideia é que toda rede funcione para garantir benefícios aos venezuelanos. “Já temos o espaço físico, alimentação, equipe de saúde, educação e hoje estamos buscando novas parcerias para desenvolver atividades para que eles não fiquem ociosos e vão para ruas. Oferecer serviços que eles aceitem e sejam compatíveis com cultura dele, e o governo não tem medido esforços para poder desenvolver ações neste sentido”, explicou ele.

Atualmente, a Semas já busca desenvolver o artesanato e também parceria com o Sine. Agora, uma das sugestões é que Coordenadoria Municipal de Terras (Cooter) busque uma área pública disponível onde os venezuelanos possam desenvolver atividades de agricultura, cabendo à Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) realizar capacitações, pois eles têm a cultura do plantio: são homens e mulheres do campo.

“O envolvimento de todas as secretarias de governo e órgãos como Judiciário e Ministério público é fundamental para que possamos criar condições para que eles não estejam mais nas ruas. Vamos convidar esses órgãos para trabalharmos juntos”, informou Celso Ricardo, para quem a participação da população é importante para que os venezuelanos desistam de ficar nas ruas.

É que ao ajudar os venezuelanos, com doação principalmente de dinheiro, a população acabar por estimulá-los a irem para as ruas. Daí, a preocupação da prefeitura para colocar em prática o plano que garanta trabalho e renda para o grupo.

Texto e fotos: Liliane Diniz

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