Mais conforto, atenção e qualidade de vida. É o que a Prefeitura de Parauapebas passou a oferecer para os idosos, necessitados da proteção social do governo, ao inaugurar neste mês de dezembro o novo espaço do Aconchego do Idoso, que saiu do Rio Verde para ser alojado numa área de 250 metros quadrados, no bairro Maranhão.
O novo espaço é quase três vezes maior que o anterior, de 90 metros quadrados. Tem horta, jardim, uma ampla sala de estar, uma bela cascata e, no banheiro, hidromassagem. Além de uma extensa área onde os velhinhos podem se movimentar. Atualmente, 12 idosos (nove homens e três mulheres) estão abrigados na instituição, recebendo os cuidados da Secretaria de Assistência Social (Semas). Com o novo espaço, a capacidade aumentou para 20.
Segundo o psicólogo e coordenador do Aconchego, Daniel Amaral Farias, Parauapebas tem agora o maior abrigo de idosos da região Norte. “Uma iniciativa como esta é única não apenas no Pará, mas em todo o País”, disse ele, para quem o cuidado com os idosos demonstra o diferencial da prefeitura no trato com as políticas sociais, que geralmente ficam nos últimos planos de investimento dos governos.
De fato, amar o trabalho desenvolvido com pessoas tão frágeis é a tônica do trabalho da equipe de profissionais do abrigo, o que é reforçado por Jorge Guerreiro, para quem “é preciso entender a dor e a necessidade do outro, para se sensibilizar e transformar o que há ao redor”.
E para entender a dor e a necessidade, observou o secretário, é preciso se colocar no lugar do outro. “Se você não tiver amor dentro de você em nada vai adiantar sua técnica. Aqui, temos colocado, em primeiro lugar, o coração. Por isso, tem dado certo”, apontou Guerreiro.
A secretária adjunta da Assistência Social, Suely Guilherme, chamou atenção para a existência de três mil idosos de Parauapebas, que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A maioria vive praticamente sozinha, com um salário mínimo. “São pessoas que estão não só na extrema pobreza: estão em extrema vulnerabilidade familiar”, alertou Suely.
Frente a esse quadro, arrematou a adjunta, a Semas tem muito trabalho pela frente. “A unidade de acolhimento não pode ser acionada por demanda judicial. A gente não quer fazer porque é obrigado. A gente quer fazer porque tem três mil idosos recebendo BPC”, disse Suely, para informar que, em 2018, a Semas contará com um orçamento de R$ 34 milhões – R$ 10 milhões a mais que neste ano.
O abrigo é destinado a idosos que não dispõem de condições para permanecer com a família, com vivência de situações de violência e negligência e em situação de rua e de abandono, ou seja, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. São pessoas que quando chegam ao Aconchego se encontram em três níveis de dependência. O nível 3 é totalmente dependente e, hoje, quatro idosos se encontram nessa situação, no abrigo.
O tempo de acolhimento é provisório, mas não há tempo definido para a permanência. Em 10 de agosto deste ano, a usuária Maria de Fátima Nascimento retornou à família após uma temporada no abrigo, onde ela passou por um longo trabalho da equipe do Aconchego para que readquirisse autoestima e voltasse à socialização, pois vivia isolada. Com ajuda, retornou à vida.
Assessoria de Comunicação | PMP